Inspirar-Poesia, um segundo sopro

alcantilado, loucura epistolar...

Por Sueli Maia (Mai) em 7/17/2009
Meu querido, porque o amor é sempiterno e eu ouço o grito das águas na ardósia do alcantilado, eu estou chamando você. Esta loucura epistolar é uma carta inspirada por minerva aos que amam e eu sou amor. E minerva não sou eu. Minerva é uma deusa sábia que inspira a minha dissensão à intolerância e que me faz resiliente. Meu bem, eu sou água e em tudo eu escapo e fico intacta. Não tema, querido, porque o amor não é a causa da desgraça e aqui nesta carta, a metamorfose é outra e é benévola. A água que cai do alcantil, sou eu e eu não sou nada, apenas escorro e escapo. Voragem do amor à razão. E no amor, as águas chiam, os sinos ressoam, os címbalos percutem e tudo é símbolo poético do amor e eu amo você. E eu ainda ouço as lâminas dágua caindo de um alcantilado, há milhas daqui. Olhar a superfície e os enganos de mil contrárias coisas. Um copo d’agua é diferente de um corpo d’água. Não esqueça, querido, meu nome é amor e eu, sou água da silva, sou líquida e amo e ainda ouço a litania de vozes. Porque o amor é sempiterno eu estou gritando prá dentro e estou, chamando você.

.

Fotografia: Maurício Moreno

Arte: Jim Zuckerman

Música: Jevetta Steele

37 comentários:

Luciene de Morais disse... @ 17 de julho de 2009 às 01:12

E também adorei a música escolhida...

Mateus Araujo disse... @ 17 de julho de 2009 às 03:18

Se soubéssemos amar o amor como nos ama... Quem sabe talvez a água não se estivesse tornando escassa.
Amo Mai XD

Bjããooo amourrr♥

Cecília disse... @ 17 de julho de 2009 às 11:47

Amor, amar, amor...

Beijosssss
Tenha um ótimo final de semana!

Tobias Silser disse... @ 17 de julho de 2009 às 14:39

ótimas palavras.. parabéns!

Estou migrando meus cadernos para um blog agora.. depois de vários anos rs Depois dê uma passada por lá.. http://obaledasalmas.blogspot.com/

Um abraço!

Anônimo disse... @ 17 de julho de 2009 às 15:52

Saber amar, se derramar, ser livre nesse caminhar...
Mas quem entende as grandes enchentes? Ou águas a se secarem por falta de chuva na cabeceira do rio?

Beijinhos

Letícia disse... @ 17 de julho de 2009 às 16:33

Sempre haverá o contrário das coisas, Mai. Gostei muito e adoro a palavra "resiliente". E falar de amor é sempre bom.

Beijos. =)

Dauri Batisti disse... @ 17 de julho de 2009 às 17:27
Este comentário foi removido pelo autor.
Dauri Batisti disse... @ 17 de julho de 2009 às 17:29

Chamar o amor: bonito. Invocar estas forças misteriosas que estão em nós e fora. Elas são poderosas, mas aguardam nosso consentimento, e esperam o convite, a invocação. Vem! Chamemos o amor.

Um beijo.

Será feliz o seu encontro com a Paula.

DBorges disse... @ 17 de julho de 2009 às 19:32

Sempre que o amor entra no jogo os textos parecem mais lindos..

Beijo, Mai.

Paula Barros disse... @ 17 de julho de 2009 às 20:34

Mai, estou rindo, comentar você, sentada na sua cadeira, usando o seu computador, e bem aconchegada em sua casa. E agora?


Esse amor que é fluído, e é fragância, e é enorme, e envolve, e antes de chamar, se doa, se entrega...é lindo.

beijo, e estou adorando está aqui.

:.tossan® disse... @ 17 de julho de 2009 às 20:41
Este comentário foi removido pelo autor.
:.tossan® disse... @ 17 de julho de 2009 às 20:42

Caling (Bagdá Café) Um grande filme o qual me identifico demais! Sou água sou Jack Palace bebo-a porquê é líquida se fosse sólida eu degustaria-a. Poetisa viva em pleno lirismo! Beijo

Macaires disse... @ 17 de julho de 2009 às 20:45

Olá,
Me identifiquei muito com esse texto, pois apenas quando se ama é possível conhecer a profundidade das coisas e chegar à essência, perceber que o todo é formado por uma série de pequenas coisas, que aparentemente não possuem tanta importância, mas que fazem falta, se esquecidas, e tornam o todo incompleto.Só através do amor é que alcançamos a plenitude.

Parabéns pela escolha da música e pelo seu blog, gostei muito!

Macaires

olharesdoavesso disse... @ 17 de julho de 2009 às 22:09

"água da silva". A Água s emolda a tudo e tem sempre a própria forma, é um tipo d amor líquido, ma que não escapa, só escorre. Belo :D beijos

Elcio Tuiribepi disse... @ 17 de julho de 2009 às 22:53

OI Mai, que bonito hein Àgua da Silva...nos dias de hoje é mais do que necessario sermos todos resilientes, ser água da silva é mesmo escapar por entre os dedos e voltar a terra, ser um e mutios ao mesmo tempo.
Um abraço na alma para você e outro para a Paula...bons momentos para vocês...bom fim de semana...

Márcio Vandré disse... @ 18 de julho de 2009 às 00:01

Sim, o amor é sempiterno.
Mas sempiterno em outra dimensão que não essa.
Hoje, são rasgados sentimentos para depois serem colocados, em farelos, na cesta do lixo.
Queria que fosse assim, sempre eterno o amor.
Queria eu poder acordar sem ter medo do sonho acabar.
E sorrir sem parar de dizer que o sonho é realidade certa, concreta, como pássaro é feito para voar.

:)
Belo texto, Mai!
Um beijo!

Erica de Paula disse... @ 18 de julho de 2009 às 11:37

Querida Mai, não posso fiar mto tempo sem ler-te, já que tuas palavras me encantam sempre...

Lindo texto viu?

Carinhos mtos em tua alma amiga!!!

Bjos!

Oliver Pickwick disse... @ 18 de julho de 2009 às 12:13

Escrito em pídgin. Sem jargões e enunciados ininteligíveis. O tom coloquial empregado na escrita - o que, nem sempre é a sua característica usual - transmite com credibilidade o que é de fato o amor. Aposto que Minerva gostou!

Everybody loves Mai! ;)
Um beijo!

Luna disse... @ 18 de julho de 2009 às 19:48

o amor e a agua dois " elementos "essenciais à vida, que seria de nós se um dos dois nos faltasse.
beijinhos

Maria Dias disse... @ 18 de julho de 2009 às 20:07
Este comentário foi removido pelo autor.
Maria Dias disse... @ 18 de julho de 2009 às 20:11

Vou sempre preferir falar de amores as guerras... Mesmo q o tema esteja ultrapassado para alguns vou preferir o amor... Maravilhoso texto emoldurado pela musica linda(linda demais!)e a imagem da mulher na água,leve e mutável pq o amor pode se moldar,se preeencher ou esvbaziar tb(nada é para sempre!).Ah mai, eu estou num momento mais seletivo no Avesso mas confesso q nao sei até quando pq gosto das surpresas e do novo(gosto de ler pessoas novas no Avesso) mas até q esta fase continue na mesma, enviei convites para os amigos q conquistei por aqui e sendo assim, te enviei um convite destes vc recebeu?Me avise por e-mail ou no meu outro blog caso nao tenha recebido ok?

Beijinhos

Dani Pedroza disse... @ 19 de julho de 2009 às 15:37

Nesses dias de convalescência a água foi uma imagem recorrente em meus dias. Água que é força, renovação, vida. Água que é maleabilidade, flexibilidade, adequação. Sempre tive uma relação estreita com esse elemento (eu ainda sou do tempo em que a gente pensava que só havia 5 elementos...rs) de vida, mas de uns dias pra cá a coisa foi ficando mais marcante a ponto de, em um determinado momento, a hora do banho ser uma espécie de meditação, congregação com uma força maior, com a minha força interior. Enfim, lindo texto, faz a gente viajar por inúmeras possibilidades pra essa relação. Bjs.

f@ disse... @ 19 de julho de 2009 às 19:45

Texto e imagens sublimes...

O amor e a água doce a escorrer lentamente... o fascínio das tuas palavras na promessa liquida...
...

um lago profundo...

imenso beijinho

Anônimo disse... @ 20 de julho de 2009 às 06:32

Sabe; não sinto mais o amor da paixão em mim e é triste nãoo estar amando (de certa forma).

saudade ^^

Daniel Hiver disse... @ 20 de julho de 2009 às 09:58

Um bom dia para você.
Estava lendo aqui teu texto. Como pode a gente estar londe de alguém e recordar sons, cheiros, momentos e perceber que eles estão intactos no melhor lugar em que as boas lembranças podem estar. No coração.
daniel

Daniel Hiver disse... @ 20 de julho de 2009 às 09:59

Acontece isso por que já nascemos com um compartimento dentro do peito especialmente feito por deus para isso. Bebezinhos, ou mesmo no ventre da mãe nós já temos. Aí durante a vida vamos colocando imagens e coisas boas dentro das gavetas desse compartimento.
Daniel

Unknown disse... @ 20 de julho de 2009 às 19:20
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse... @ 20 de julho de 2009 às 19:21

e não há quem morra de sede.

te amo.

Monday disse... @ 20 de julho de 2009 às 21:58

eles precisam parar de me chamar para tantas reuniões ... meu acumulado para te escrever outros capítulos está subindo cada vez mais ... mas eu chego lá, ou melhor, aí ...

chego sim, Maizita

carinho por ti

boa semana

Tata disse... @ 20 de julho de 2009 às 22:18

Lindo texto Mai,
bjinhos

Sandra Costa disse... @ 20 de julho de 2009 às 22:21

o amor chamando o amor.
você o quer, ele virá.
e, já que cada um tem o que merece, espero que o mereça.

Eu disse... @ 21 de julho de 2009 às 13:44

Mai... que intenso e belo o que li!

O amor é essa água cristalina que invade nossos espaços e nos purifica de tantas maldades.

Num (a)mar em ondas por vezes calmas e noutras bravas vou seguindo meus caminhos...

Beijos com imenso carinho

Dora disse... @ 21 de julho de 2009 às 18:48

Oi, Mai! Vim abraçar você!
E sua epístola que invoca o amor transbordou água até aqui! E se nós temos todos nossa parte líquida, você é a própria "fluidez" nessa Amor!
A escolha da água, que se molda a qualquer realidade, é um achado para gritar e evocar o Amor!
Gostei de revê-la, assim, tão "ressoante" e "resiliente"!
Beijos todos...
(que canção maviosa ouço...enquanto escrevo...).
Dora

Márcio Ahimsa disse... @ 21 de julho de 2009 às 20:43

Água da silva, silvo de amor silvestre, selva em rocha e fogo, é jogo de textura, procura de amar. Relva macia, garoa que em mim mora, agora é uma Roma distante, é deusa e caça, é seta e alvo num abrigo amante. É um idílio, um interlúdio dominical onde a pressa das horas é apenas um desejo impetuoso de amar, é apenas um corpo em demasia de desejo, apenas lábios em avidez de beijo, apenas nuvem esvoaçada procurando vento para voar. Pássaro livre, verso branco como a emoção cristal, é roupa e varal estendido em paisagem, mulher de vestido floral, é um quintal de viajante que acolhe esse amor. Amor é essa água, correnteza branda, regato amador que amadurece a certeza de poder chegar: um rio de sonhos, um mar de amor.

Querida, que há contigo que somes assim? Ora, não te vejo mais lá pelo Tecer, ora! Isso de me deixar mal acostumado arranca desse peito meu um algo de saudade, ora. Faz assim não... Desse jeito fico triste, desse jeito meu riso inexiste.
Beijão, querida minha. Fique bem, carinho em ti, sempre.

Paulo Tamburro disse... @ 21 de julho de 2009 às 22:09

MAI, VOCÊ A CADA POSTAGEM SE SUPERA:"A água que cai do alcantil, sou eu e eu não sou nada, apenas escorro e escapo."

Na singeleza desta humildade a verdadeira força,o mais autentico contraponto, Mai.

Afinal a água é tudo, inclusive nós.

Parabéns pelo texto.

Um abração carioca

Anônimo disse... @ 21 de julho de 2009 às 22:13

Aqui estou, estou aqui. Já disse que amo, te amo, amo ler e sentir tudo isto que és.
Tenho sede e quero-te.
Desejo-te.

Mari Amorim disse... @ 21 de julho de 2009 às 23:18

Mai,A
que coisa linda!
Além de ler teus textos,venho te dar um mega abraço,pois gosto de abraçar meus amigos sempre! boas energias
Mari

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