Inspirar-Poesia, um segundo sopro

a economia dos bumerangues

Por Sueli Maia (Mai) em 9/07/2009
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Em tudo o que vejo, eu também admiro a economia das coisas exatas. Admiro o retorno do eco e dos bumerangues, quando são exatos. Há coisas tão redundantes e óbvias, que não precisava dizer, porque o silêncio é econômico. E para ser mais exata, a verdade, também é econômica e ainda há uma infinidade de coisas e maneiras de ser econômico. Na exatidão da vida, os dias são iguais e são tão diferentes do sempre... Olho com um olhar diferente e, na hora exata em que despe seu azul - o céu - do laranja ao vermelho, se veste para a noite e, óbvio, vai daqui romper lá, noutro ar, sua luz e raiar mais um dia e tão obviamente... Óbvio, é o tempo a passar e não somos os mesmos, ou somos e não somos óbvios? E se somos iguais e exatos, também somos econômicos, como o retorno dos ecos e dos bumerangues, quando são exatos.
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21 comentários:

Unknown disse... @ 7 de setembro de 2009 às 14:59

Belíssimo, Mai!

Eu que adoro o "exato", a verdade, e luto por isso, é óbvio que acabo com cara de tonta. Na volta do bumerangue, nem o eco me acompanha!

Amei!

Beijos

Mirse

Elcio Tuiribepi disse... @ 7 de setembro de 2009 às 16:07

Costumo dizer que as palavras muitas vezes não possuem ecos, se perfem nas montanhas, talvez as palavras bumerangues se percam no céu azul, pois acredito que são mesmo econômicas ou se transfrmaram assim diante o óbvio da vida...caracole...esse teu texto vai de encontro sobre algumas coisas que penso sobre as palavras...e até mesmo a verdade se economiza...surumbático hoje...bom fim de feriado...boa semana

Poesias do Entardecer disse... @ 7 de setembro de 2009 às 16:28

Olá Mai, vim visitá-la novamente! Suas palavras são sempre belas e exatas!

Bjs

SILVANA PEDRINI disse... @ 7 de setembro de 2009 às 16:39

OI Mai, comentando embaixo do coments da mamãe.

Os dias são exatos: 24h cada um, mas cada dia tem sua beleza e suas surpresas também.

Bjs

Anônimo disse... @ 7 de setembro de 2009 às 17:05

:D

Germano Viana Xavier disse... @ 7 de setembro de 2009 às 19:04

Um dos males humanos.
UM DOS.
Isso.

Meu carinho, Mai.
Sigamos.

E Mozart é insuperável.

Unknown disse... @ 7 de setembro de 2009 às 20:39

mai, vc tem razão, deveria multiplicar o devir pichação, pra outras dimensões, além-aquém muros e murros; inclusive pra prospeções nanos, fundas, mas que o pré-sal, e rasas. sei q vc exerce essa desfunção, pichando outras atmosféricas sensações epidérmicas. essa é a vantagem da ação em rede, nos multiplicamos, sem precisar de nos dispersarmos...
b
saudações,
luis de la mancha

Unknown disse... @ 7 de setembro de 2009 às 20:55

belo texto, germano, torrente barroquizante, de palavras aladas, impulsionadas pela potência do verbo eros; o lezâmico eros cognoscente, que pensa corporalmente, sob o signo da multidão de poros, no ouro dos tesões.
saudações,
luis de la mancha

Abraão Vitoriano disse... @ 7 de setembro de 2009 às 20:56

"o silêncio é econômico."

pura verdade! e seria a exatidão um bom caminho? 2+2=4 e sou feliz por isso? a realidade só, e nós só somos... é simple, bonito, e muito complexo...

"meu obejtivo é ser eternamente subjetivo.."
!!

e te beijo muito,
e fui feliz de contigo falar...

do seu menino-homem-sendo-mais...

Luciene de Morais disse... @ 7 de setembro de 2009 às 22:02

Pode ser que você esteja certa. Mas eu sou tão inexata! ás vezes mais isso, menos aquilo... outras vezes ao contrário! Quando quero ouvir, acho o silêncio econômico... sem ecos, o bumerangue não volta! Parece que aqui ficou sem luz, sem ar. Mas... Quando quero pensar, sonhar, imaginar, refletir... acho o silêncio profuso, e bem vindo! Às vezes acho tudo muito óbvio, às vezes, acho que meus medos e carências é que constroem esses óbvios, as minhas construções é que são óbvias, mas só pra mim.... kkkkkk
BJKS, amiga, que já "maluquei" demais!!

Dauri Batisti disse... @ 7 de setembro de 2009 às 22:15

Querida Mai,

acho engradaçado este jeito de falar mineiro nos teus comentários no ESSAPALAVRA. Lembro-te que sou capixaba. Aqui o povo do interior tem sotaques "italianados". Mas, pergunto, você é mineira?

Obrigado sempre pelos carinhosos comentários. Nesses "issos" destes dias faço viagens egípcias. O Nilo também como metáfora das idas e vindas ao coração.

Não sei... quando penso em econômico penso no seu oposto também, a abundância. O silêncio é abundante, o amor, o universo.

Beijo.

Adriana Riess Karnal disse... @ 7 de setembro de 2009 às 23:48

Tua exatidão também é econômica...é a justa palavra pra explicar que o silêncio é a medida certa da boca.

Erica de Paula disse... @ 7 de setembro de 2009 às 23:55

Pq me abandonas querida Mai?

Saudades!

Está lindo o texto!!!


Bjos e te gosto!

Márcio Vandré disse... @ 8 de setembro de 2009 às 00:05

Em tese, toda ação provoca uma reação.
E todas as nossas ações têm um impacto efetivo em nós mesmos.
Boomerangue que é lançado e não volta, não presta.

Um beijo, Mai!

Anônimo disse... @ 8 de setembro de 2009 às 08:53

Tudo nos volta, exatamente tudo de bom ou de ruim que fazemos. E nisso há uma tremenda verdade e exatidão.

Um beijo e saudade daqui...

Boa semana!!!

Passageira disse... @ 8 de setembro de 2009 às 12:25

A economia das coisas... nunca pensei de verdade sobre isso. Seu texto me fez pnsar no eco, no exato. Pq há ecos tb distorcidos assim como verdades nem sempre exatas. Enfim, belo texto. Instigante como todos os seus!
Beijocas

Macaires disse... @ 8 de setembro de 2009 às 13:08

O silêncio vale mais que mil palavras, é é no silêncio que são ditas as mais belas coisas, as quais também contemplamnos em silêncio!

Beijos, querida!

byTONHO disse... @ 8 de setembro de 2009 às 16:06

LINDO

com MAIúsculas sempre!

Anônimo disse... @ 8 de setembro de 2009 às 21:57

Legal teu post...

Leo Mandoki, Jr. disse... @ 8 de setembro de 2009 às 22:00

gostei disso
ser economico como retorno dos ecos e dos bumerangues
vc nca brincou de fazer eco? sabe pq brincamos de fazer eco? pq cada eco tem uma ressonancia diferente..e ficamos brincando com o nosso tom de voz e o q sera reproduzido no eco.
Sera isso economico?

Anônimo disse... @ 9 de setembro de 2009 às 09:17

Amo a exatidão das receitas culinárias! Você sempre pode variar em cima. Aliás, eu sempre mudo tudo. :)

beijinhos

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