Arte Bosch - As tentações de Santo Antão.Do Alfa ao ômega, do prólogo ao epílogo eu advirto: aqui leremos tão somente a minha arte e o devaneio surreal. Oh Peste! A hiperativa humanidade cansa, 'sô! Aos pessimistas evocarei o tríptico artístico das tentações de santo antão. E o que tornar visível ou ocultar no ilusionismo sem futuro desse espetáculo global? Sem bisturís ou silicones enquanto a perfeição dos corpos renascia em pinceladas, a apocalíptica fantasia de Colombo previa, enfim, o fim do mundo. Mas ao final o que se viu e que estaria no porvir, era a América descobrir e a inspiração de toda obra surreal. Da inquisição, o asco. E no horror da tola culpa, o definhar da decadente humanidade. Eis que tranquilo o antão passivo, estava certo de vencer o inimigo destrutivo e tentador. E vai de retro! No espetáculo dominante, o alienante som global, eis o fantástico! E o show é a vida do artista e viva a arte de Dalí!
Arte: Salvador Dalí - A tentação de Santo Antônio
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No carnaval a fantasia o apetite e a luxúria. E outra vez a profecia: é o fim dos tempos. Tudo bobagem, um exagero! Mimesis genial e o mundo todo se inscrevia e metafórico cabia, na arte de Salvador Dalí. Capitalismo, escravidão, aberração e na vontade de poder, os mecanismos de controle. Homens expostos, outros em cárcere, na correria dominante, o ser humano é ao mesmo tempo mercadoria de consumo e o consumista autofágico de si mesmo. Mas, Sorria! Porque finalmente, de noite e de dia, você está sendo filmado. Haja controle, haja relógio, haja mercado, medo e correria. E o signo ilusionista da opulência pósmoderna é o big brother. Moeda, vil metal e o capital sobre os moinhos de Vento. Presságios malfazejos e outra vez, o misticismo. No apocalípse, lá no fim, eu juro, eu li que tudo isto, desde os tempos de antanho, estava pronto. Oh! bu_da_peste! Isto é o juízo, é o começo ou é o fim de toda festa? Nada! Besteira, isto é apenas o final, desse meu texto surreal.

Arte: Leo Burnett Publicidade
Música: Mozart
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