arquitetura e espaços
Por Sueli Maia (Mai) em 5/13/2010Plácida e salina, migrando com água à superfície. Fendas nas camadas degradadas, abriram espaços entre as vigas e os vãos. Por trás das fachadas, rebocos das húmidas e vazias manhãs. Por dentro: sulfatos, nitratos e cloretos garantem - permeáveis - as paredes calorosas sem fissuras nos betões. Guardo-me intacta. E há recintos com minúcias ocultas e claros espaços nas salas e quartos de nós. Abre as portas, entra, cava-me. Há estâncias minerais daquilo que te é potável. Reboca-me e à reboque a tua e a minha liberdade e direção.
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Texto reeditado
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Arte: Tarsíla do Amaral
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