Inspirar-Poesia, um segundo sopro

noites nascentes

Por Sueli Maia (Mai) em 11/10/2009

Segundos são noites eternas e nós estamos deitados por segundos nas bocas nascentes das águas dos igarapés e águas são zonas de amar. E por vezes fomos noites que em segundos sussurramos desejos eternos às águas e mansinha e imersa, prá sempre, estive em teu rio que - noite - banhou-se em minhas águas segundos sem fim. Noite, sou pedra e, nua, me deito nos braços de um rio que roça-me as ancas e, rolando, escorro e escoo minhas águas em suas águas ao encontro do mar - oceanos em noite. Segundos dormimos em águas saciadas em bocas da noite, abraçados por braços de um rio de águas quentes que inundou uma gruta e um feixe da luz de um luar penetrou-me em sorriso. Eu - pedra e noite - desfaço-me agora em mil olhos d’água ebulindo, eclodindo minhas águas que rompem a areia em segundos. Noite, seremos nascentes perenes por infindos segundos.
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Imagem Google

28 comentários:

muriloha disse... @ 2 de junho de 2009 às 04:24

Maravilhoso...

Leo Mandoki, Jr. disse... @ 2 de junho de 2009 às 04:39

outras pessoas tbm tem comentado cmg...e eu tbm tenho reparado que os teus textos estão mais ilídicos..tem uma poetica mais romantica, classicamente romantica e intimista...revelam o seu estado de alma. O que está acontecendo? que transformação é essa?

Anônimo disse... @ 2 de junho de 2009 às 08:27

Deverasmente lindo seu poema.
Meio que sem palavras para exprimir o que senti ao lê-lo.
Uma transbordante transformação.
Beijo.

Quintal de Om disse... @ 2 de junho de 2009 às 09:11

Que lindo e singelo, Mai.

Me senti embarcar e embalar-me em uma maré mansa, mas intensa de amor.

Amar é maré!

Abraços, flores e estrelas...

Anônimo disse... @ 2 de junho de 2009 às 09:57

Amei!!!!
Sensualíssimo!
Delicioso!

bjs

DBorges disse... @ 2 de junho de 2009 às 10:11

Adorei.. Descrição poetica.
Adoro ler tudo o que adciona outra ser na história.
Eu sempre escrevo falando de mim, do meu eu angustiado, problematico..

Beijo! Linquei-te também.

Paula Barros disse... @ 2 de junho de 2009 às 10:55

Mai

O seu poema é poeticamente lindo. Ele transborda em mim um rio bom de sentir.

O tempo sempre permeia sentimentos, relações. É a relatividade do tempo, e suas profundezas.

abraços. Está muito lindo, profundo no dizer, no sentir.

Ana Casanova disse... @ 2 de junho de 2009 às 12:17

Lindo, romantico, inspirador.Adorei!
Beijinhos;D

Luna disse... @ 2 de junho de 2009 às 12:22

Também a terra foi fecundada pelo amor Divino e nasceu das águas esparmaticas da natureza

Namastê

Sue disse... @ 2 de junho de 2009 às 12:23

Lindi, linda!

Cris Animal disse... @ 2 de junho de 2009 às 13:00

Minha Querida, que noite!
Que inspiração....águas rolaram.
Li, reli e li de novo!

"Noite, sou pedra e, nua, me deito nos braços de um rio que roça-me as ancas e, rolando, escorro e escoo minhas águas em suas águas, ao encontro do mar - oceanos em noite."

Seria estupidez destacar um trecho...É tudo lindo!
Ignore meu destaque.
Águas rolaram em sua alma. Águas lindas e cheias de magia!


beijo grande

Lú Naíma. disse... @ 2 de junho de 2009 às 13:58

"Noite, sou pedra e, nua, me deito nos braços de um rio que roça-me as ancas e, rolando, escorro e escoo minhas águas em suas águas, ao encontro do mar"


Ah! O Visualismo que me proporcionas com a união perfeita das tuas palavras, é inigualável minha querida. Ninguém, mas ninguém mesmo, consegue me fazer sonhar acordada, como tu fazes.

Fantástica!

Miminhos,
Beijo enorme

bete disse... @ 2 de junho de 2009 às 14:14

uma sensualidade tão doce, tão delicada...até me levou pra umas lembranças tão queridas...
bjs

:.tossan® disse... @ 2 de junho de 2009 às 16:46

Eu não sei dizer direito, mas prefiro te ler assim como nesse belo texto. Beijo

PS: Meu primo Santista:
http://netunoartes.blogspot.com

Paula disse... @ 2 de junho de 2009 às 17:08

LINDO!!!
Querida Mai:
Apesar de parecer ausente...as tuas palavras enchem sempre o meu coração...mas por vezes as minhas palavras teimam em ficar no seu silêncio.
Este é um espaço onde me refugio e respiro vida!!!
Beijinho grande e estou sempre por aqui!!!

Márcio Ahimsa disse... @ 2 de junho de 2009 às 19:31

Por infinitos segundos, sem o determinismo das escolas, pois as escolhas não são como bolhas que sopramos rumo a um vento inventado, estes versos alados, banhados de tanta água, beijados de tantos orvalhos, não são como a nostalgia de um século teimoso e curto, onde o amor derrubava, de propósito, os corações poetas, não, não são, são como um cela que se abre carcomida pela ferrugem que rege e ruge na vida dos iguais, homens estagnados, mulheres inertes, como porcelanas chinesas, e resolvem eclodir em emoção, imensidão de ser e estar aqui, cidadão sem nome, lobisomem pós-moderno que, eterno nesse tempo, alude aos seus sonhos anexandos os medos do passado e cravando a coragem do futuro, tentando desvencilhar-se qualquer coisa sem causa que possa desfragmentar seu coração em fragmentos. Creio Mai, que és uma poetisa que representa uma nova era, uma nova invensão de ser poeta, invertendo os rumos e sacolejando os prumos da existência.

Beijos, querida minha. Amai sempre, Mai.

al disse... @ 2 de junho de 2009 às 20:19

adorei o jogo de palavras que fizeste :o

fantástico Mai (: *

Abraão Vitoriano disse... @ 2 de junho de 2009 às 21:33

o cliclo das águas
a onde que é vida...
Como realizamos este processo tantas vezes sem perceber o encanto que é viver...

Mai,
reflitir é contigo,
carinho, beijos,
muito sol...

do seu menino quase homem.

Vivian disse... @ 2 de junho de 2009 às 23:35

...que maneira íntima
de fazer amor com a água
que nos seduz!

você sim é uma linda!

adoro...

bjusss, muitos!

Márcio Vandré disse... @ 2 de junho de 2009 às 23:44

Às vezes anoitece mesmo quando é dia.
No âmago do coração carregamos pena e dor.
O dia clarividente enegrece com as mais carregadas nuvens.
Noite, ferina, malina, também guarda segredos incomensuráveis e belezas que somente o luar concede.

A noite é um mistério...

- Algo sublime, por favor.
Com limão...


Um beijo, Mai.
Belíssimo texto, como sempre.

Anônimo disse... @ 3 de junho de 2009 às 11:54

Somos feitos de ciclos, horas, segundos, momentos. Nossa carne amanhece, anoitece, nasce e renasce quantas e tantas vezes.

Somos o tempo, condenando a si mesmo mas continuando a ticar cada segundo.

Paulo disse... @ 3 de junho de 2009 às 20:40

Olá, Mai !!!!!

Versos vivos que florescem sentimentos com emocão, "envolvendo a ligadura da água".

Suave e intenso sentir!

És mágica!

Germano Viana Xavier disse... @ 3 de junho de 2009 às 22:36

noite
segundo
mundo?


Sigamos...

adouro-te disse... @ 6 de junho de 2009 às 07:56

Será milagre recriar as noites de outrora?
Bjs.

Andre Martin disse... @ 6 de junho de 2009 às 17:01

Um amigo dizia:

"Tem dias que a noite é foda!"

Muitos segundos sentidos!! KKKKK

Caio Rudá de Oliveira disse... @ 10 de novembro de 2009 às 13:41

A água, hein?

Fiz um exercício de substituição. Ficou uma maravilha!

Anônimo disse... @ 10 de novembro de 2009 às 19:15

Mai, do leito de tuas palavras, um deleite de sensações submerge-nos.
Magnífico!

Caio Rudá de Oliveira disse... @ 11 de novembro de 2009 às 00:15

segundos são noites eternas, logo estamos deitados por noites eternas eternas nas bocas nascentes, e por aí vai.

A subjetividade do tempo...

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