Inspirar-Poesia, um segundo sopro

mosaicos modernos

Por Sueli Maia (Mai) em 11/05/2009
Mandalas populares. Passarela da modernidade é um desfile da palavra em elegância poliglota. Idiomas à solto nas línguas, tudo igual e bem up to date - condomínios. Ditaduras com domínio pelo mundo. - Fala sério, meu chapa, isso é mod e eu sou fashion, sou autêntica e tou na mídia. Ilimites de um show nas novelas sem limites. In or out, black or white tudo é cor, simples tom e os mosaicos modernos são plurais e singulares. Equilíbrio de tons, tolerância. Olha a moda reeditada e ditando o mundo - old or new? Fashion week. Ditadores gritando na mídia - black is beautiful, joga pedra! Zeppelin tá no céu e o morim é um padrão popular na avenida. Tô vendida, very cheap! É um marketing global. Animal! Linha branca e eu sou sempre do contra. Tô na onda, Black sheep. Macramê – tudo feito por mãos artesãs com uma manga raglan e uma saia evazé. Ao emule um bom som nacional e um DJ vai usando o velho vinil. Mocassim aos meus pés, transição de costume é um padrão - sou high tech. Aimoré na edição do pasquim, Hollywood, o distrito é aqui e o barraco também. Geração tolerância com in é outside. No youtube, linha branca é tão demodé. Ar blasé e um juiz faz login, por favor, dá um play que eu sou emo e contrasto na cor. Tudo é clean e está sóbrio demais. Solta um vírus, manda tudo pro espaço! Tafetá, ulálá! Etiqueta. Finos panos, alvas nuvens e um vestido de noiva é um sonho fairytale. E entre o soul e o hard eu sou basicamente diferente e igual. Baixa o tom, desliga o som, apaga a luz. Tá na hora, quem sou eu e onde estou?
.
Arte: Tonho Oliveira
Música: Pierre Bensusan e
mosaico musical

39 comentários:

NDORETTO disse... @ 5 de novembro de 2009 às 15:10

Ai, é assim mesmo quandop a linguagem muda.
Perde-se a referência. Perde-se.

Mas esse violão,assim na tarde silenciosa me traz rapidinho para as coisas boas da vida. Ler seu blog,é uma delas. Amei o post.

bjs
neusa

Caio Fern disse... @ 5 de novembro de 2009 às 15:17

genial Mai .
depois dessa vou cuidar do meu jardim de flores antes que chova e depois ler a Biblia .

Márcio Vandré disse... @ 5 de novembro de 2009 às 15:34

A autenticidade morreu.
Mas segue declarada como viva na mão de certas pessoas que se utilizam do nome dela.
Um dia, quem sabe, algo novo surja.
Um dia, quem sabe, tendências desapareçam para surgir em seus lugares, verdades absolutas.
Que estão em falta.
Tudo falta.
Não falta é a desfaçatez.
As máscaras talhadas de barro.
Macambúzias, com as expressão congelada de choro.
Lamento só igual ao das sereias tocando harpas na espera de um marujo.

Um beijo, Mai.
Divaguei bastante!!

Desmanche de Celebridades disse... @ 5 de novembro de 2009 às 15:44

Adorei o jogo de palavras desse, os trocadilhos, os termos e frases com duplo sentido. E ainda usou uma imagem do Tonho para ilustrar as discussões. Gosto muito das charges desse cara, são muito inteligentes e fazem vc pensar em varias coisas.
"...condomínios. Ditaduras com domínio pelo mundo." Essa frase ficou ótima.
Parabéns mais uma vez Mai.

Wania disse... @ 5 de novembro de 2009 às 15:49

Mai tua escrita tem swing!!!!!
E o Tonho, melhor partner, impossível!

Adoro te ler, seja em Mosaicos Modernos ou pergaminhos...
Teu texto ficou shoooow!!!!


Bjão carinhoso pra ti,
Wania

Beto Canales disse... @ 5 de novembro de 2009 às 15:52

Legal, muito legal...

byTONHO disse... @ 5 de novembro de 2009 às 15:52



Belo mosaico... "tudo ao mesmo tempo agora".

O vai e vem da vida, agora sim, agora não mais.
A nova estação vai ser assim... já foi!

Pedaços, cacos e de tudo um pouco...
Muito atual o texto.

Valeu MAI

Marcelo Mayer disse... @ 5 de novembro de 2009 às 16:31

"sou emo e contrasto na cor"
um emo jamais iria entender isso, talvez choraria ao ler, sem motivo, choraria.
gostei dessa "psicodelia" de suas palavras

sempre mandando bem em seus jogos

Laura disse... @ 5 de novembro de 2009 às 18:02

Nina, mandalas de cor, sem cor, mandalas de amor de descontração, fazem a vida parecer apenas mais uma visão...Lindo mosaico e bela a sua forma de falar..Encantei-me. Beijinhos da laura

Lara Amaral disse... @ 5 de novembro de 2009 às 18:25

Adorei o texto com a ilustração que eu já conhecia do Tonho!

Muito show, amiga!

Beijinho procê!

Macaires disse... @ 5 de novembro de 2009 às 18:33

Pois é, vivemos num mundo novo copiado, é a velha história "nada se cria, tudo se copia"! Buscamos ser diferentes, mas no fim somos iguais!

Mai, que texto é esse? Incrível!!!
Adorei!!
Beijos, querida!

Anônimo disse... @ 5 de novembro de 2009 às 19:27

O que fizeram das identidades culturais, se agora estamos a ser identificados por chip?! Pena que nestas (misturas?), sobressae o comercial. E vocábulos em certas línguas são calados para sempre. Abram alas. Abram valas. Só vale o que é global.

Brilhante teu texto.

Junto minha interrogação à tua.

Beijos, Mai.

Katyuscia.

Osvaldo disse... @ 5 de novembro de 2009 às 19:28

Mai;

C'est tout simplement un aperçue d'une future langue universel?...

Em breve, todas as gramáticas e dicionários serão queimados nas fogueiras literárias porque nada do que se fala hoje será audivel no futuro...
Quantas das linguas de hoje não desaparecerão no futuro?...

bjs, Mai,
Osvaldo

Rafael Sperling disse... @ 5 de novembro de 2009 às 19:29

Nossa, que foda, você realmente fez um mosaico das atualides...Tem tanta coisa aí! ahuah O final foi o melhor, ótimo...
bjs

Cadinho RoCo disse... @ 5 de novembro de 2009 às 20:10

Nz mão da contramão é proibido ir em sentido contrário e por isso não dá pra ser contra se não quiser a multa ou o utmulto de um trânsito que me leva embora para a beira do mar em Grussaí. Conhece?
Cadinho RoCo

Márcio Ahimsa disse... @ 5 de novembro de 2009 às 21:16

estás no "admirável mundo velho" das novidades vâs... ou na admirável mania sempre nova desse mundo de ser velho com maquiágem e estampa fina com esse Q contemporâneo do que um dia não servirá para nada, como também não serve agora...

Beijo, os ossos dóem, mas são nossa estrutura, e, doendo ou não, sustentam nosso riso ou choro, em qualquer lugar ou tempo.

Fique bem, meu bem.

nydia bonetti disse... @ 5 de novembro de 2009 às 22:56

É a ditadura do igual... Assustadora. Eu que sempre andei no sentido contrário, adorei isso, mas confesso: ando me sentindo jurássica. :)

Beijos

Dani Pedroza disse... @ 5 de novembro de 2009 às 23:34

A linguagem já não é mais aquela. As roupas foram, mas voltaram. A moda é cíclica. Os sentimentos também. Às vezes não consigo acompanhar os ciclos do meu próprio coração. Acho que ele (meu coração) é out, apesar de ainda morar aqui dentro de mim, mas é arredio, não se dobra aos ditames de moda, prefere ficar na marginalidade, à margem dessa padronização de sentimentos. Eu gosto de cartas, de sentir o cheiro do livro velho, de usar expressões fora de moda, de escolher o que quero pra mim. É isso. Nada contra o atual. Minhas portas não estão fechadas pros sucessos "pop". Só fujo de imposições. Uso o que me convem. A minha moda sou eu que dito. Ditadora??? Forte, não? Mas nem vou começar a viajar no assunto, senão já viu, né? rs

Bjs, querida.

:.tossan® disse... @ 6 de novembro de 2009 às 02:02

Modismo, frases, marcas, novelas, Tv...Não sei o que é. Não assisto, não voto, não vejo, devo estar voando ou navegando em outros mares e ares. Talvez eu não faça mais parte deste mundo. A unanimidade é o que? Belo texto! Beijo

Unknown disse... @ 6 de novembro de 2009 às 09:45

Arrasaste, Mai!

Mundo doido esse que estamos!

Parabéns pelos belos toques in soul, hard.....


Beijos

Mirse

f@ disse... @ 6 de novembro de 2009 às 09:48

O SOM BAIXINHO Á MÉDIA LUZ....

CAI UM VÉU FINO DO INFINITO

BEIJINHOS

A Magia da Noite disse... @ 6 de novembro de 2009 às 10:41

serás a essência do universo que está disperso em todos nós.

Unknown disse... @ 6 de novembro de 2009 às 11:53

Mai seu blog é maravilhoso!
sou seu fã moça!

mas muito obrigada mesmo por visitar o Nada importante... muito feliz q tenha gostado!!!

seu comentarios la é muito importante, vale muito!!!

Mas então o Joãozinho e a Astrud são jóias do nosso Brasil eles e tantos outros são nossos patrimônios culturais. Devemos sempre prestigiar ( um destaque especial para a minha adorada Elis Regina ) kkk

Mas muito contente estou por ta assim legal o blog vou procurar mais desse nosso patrimônio para agente prestigiar

Bjo moça tenha um lindo dia! E volte sempre sua visita e lá é especial

Visite o blog das minhas amigas indico lá no blog
E o meu outro blog 20 Anos Blue axo q vai gostar tbm

Mariana Andrade. disse... @ 6 de novembro de 2009 às 12:03

incriiiiiiveis jogos de palavras você faz. e deixa o leitor de boca aberta e batendo palmas.
misturaram tudo, e agora tua interrogação passa a ser de todos que leram, creio.
tão vasta e interessante nosso idioma! e essas "invenções" ofendem aqueles que amam escrever.

muito bom!

bjs ;*

Letícia disse... @ 6 de novembro de 2009 às 12:11

E eu vim ler teu mosaico. Mai, o tempo nem curto está mais. Ele sumiu. Só agora que sento e leio algo.

Beijo.

Tatiane Trajano disse... @ 6 de novembro de 2009 às 13:50

E nesse mosaico de "ser" para onde estamos indo??

Muito bom o seu jogo de palavras... Clap,clap!

Beijos

Fábio disse... @ 6 de novembro de 2009 às 14:17

É tanta coisa, que dá impressão que uma vida só não basta para ouvir todas as músicas, ler todos os livros, assistir todos os filmes. Algumas coisas só em mosaicos mesmo, só na superfície, passando bem rápido. Juntando um monte de pedacinhos. Nunca tendo a ideia do todo. Tudo é parte.

Abraços.

Ana Rita disse... @ 6 de novembro de 2009 às 16:07

Querida Mai, há quanto tempo! Como esta tudo? Comigo esta tudo bem. Quer dizer, mais ou menos. Não tenho tido tempo ou mesmo inspiração, para escrever os meus textos. É triste, eu sei. Mas não tenho tido mesmo tempo nenhum. Vou ver ser arranjo, nem que seja uma noite para escrever.

Beijinho Mai
*

Márcio Vandré disse... @ 6 de novembro de 2009 às 16:50

Mai, um outro selo para você!
Um beijo!

mo.rafaella@gmail.com disse... @ 6 de novembro de 2009 às 17:42

Desisti de descobrir quem sou, hoje me preocupo mais com a cultivação do que não sou e do que vir a deixar de ser...

Batom e poesias disse... @ 6 de novembro de 2009 às 19:53

SEN-SA-CIO-NAL!!!

Baby,
Globalizou tudo... and now?
"Voalá e çavá, patati, patatá
Boulevar, saravá..."

Quem somos?
We are the world.

Em tempo: O TonhO é bom demais!
Que dupla de malucos geniais vocês dois.
bjs
Rossana

Daniela Filipini disse... @ 7 de novembro de 2009 às 14:19

Adoorei! :)

Unknown disse... @ 7 de novembro de 2009 às 14:27

Mai, "textaço" esse teu, como sempre aliás! Quem dera pudesse escrever 1/10 do que você escreve! Show! Um grande beijo!

al disse... @ 7 de novembro de 2009 às 15:28

lindo :)

bom fim-de-semana Mai. beijinho *

Tata disse... @ 8 de novembro de 2009 às 16:45

Faaaalaa Mai,

Vc é uma gênia em jogo de palavras!!!

Amei o texto globalizado!

bjinhos

bete disse... @ 8 de novembro de 2009 às 17:44

adorei!
tb noto esse descompasso...o novo e o velho
o vinil..
bjs

Oliver Pickwick disse... @ 8 de novembro de 2009 às 17:59

Um crônica psicodélica de tempos recentes da última flor do Lácio e dos costumes. Flower power com nitroglicerina. A propósito, eu sou vintage. Sempre. ;)
Um beijo!

Katrina disse... @ 8 de novembro de 2009 às 20:29

Eu leio uma coisas dessas e nem sei onde fui parar.

disse... @ 8 de novembro de 2009 às 20:44

Baixo tom e desligado som... mas aqui no teu inspirado poético.... sempre elevado som e tom tão BELO...

!nfinito beijinho

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