virtuais
Por Sueli Maia (Mai) em 5/04/2011Há alguns meses tenho estado afastada do mundo nético.
Os poucos contatos virtuais que mantive o fiz por email, ou em pequenos círculos de relacionamento. A despeito da minha ausência recebí, comovida, diversas mensagens de amigos (às quais procurei responder).
Aos poucos venho recuperando a motivação para escrever, e tenho refletido sobre o silêncio, a palavra, reclusão, redes sociais, contatos presenciais, o inesperado, a condição humana, a solidariedade, amizades, afetos e afins...
Aos poucos venho recuperando a motivação para escrever, e tenho refletido sobre o silêncio, a palavra, reclusão, redes sociais, contatos presenciais, o inesperado, a condição humana, a solidariedade, amizades, afetos e afins...
Paralelamente, o mundo inteiro parece estar em ebulição. O inesperado nos sacode e desconstrói vidas, lugares, histórias, geografias, economias...
Agora, assistimos à notícia (e o espetáculo em torno) da virtual/real morte de Bin Laden. É notório que há pontos obscuros a serem esclarecidos; mas a imprensa noticiou que: o suposto esconderijo de Osama teria sido descoberto pelo fato (suspeito) de naquela mansão não haver telefone, internet e demais parafernálias tecnológicas.
Agora, assistimos à notícia (e o espetáculo em torno) da virtual/real morte de Bin Laden. É notório que há pontos obscuros a serem esclarecidos; mas a imprensa noticiou que: o suposto esconderijo de Osama teria sido descoberto pelo fato (suspeito) de naquela mansão não haver telefone, internet e demais parafernálias tecnológicas.
[Ironicamente Bin Laden estava desconectado da vida e do mundo moderno].
Apesar das questões políticas e econômicas ligadas a este tema - pasmem: ao final de 10 anos de caçada, Bin Laden foi encontrado e morto porque não tinha internet, facebook, celular, telefone fixo, cartão de crédito...
Então me ocorreu um paradoxo:
Por não ter internet ou telefone, Bin Laden teria sido, suposta ou virtualmente, morto. Por outro lado há quem defenda que, face às relações digitais, teria havido um reducionismo e superficialismo das relações humanas, e a consequente morte dos abraços, afetos, memória (pois, que os arquivos online estão sujeitos a serem deletados subitamente, e as pessoas somem quando há pane nas telecomunicações ou num bug qualquer dos sistemas... E ainda precisamos ter backup de tudo em várias mídias...)
Reflexões (e ironias) à parte, o fato é que cá estamos todos nós, percebendo-nos linkados e ligados por laços etéreos, virtuais, néticos; mas, certamente ligados por afetos, pela escrita, por um bem querer qualquer, uma alegria qualquer e um querer estar com...
Então, após tudo que aconteceu em Nova Friburgo, em nossas vidas e pelo mundo, estou de volta.
Este talvez seja um segundo sopro, uma sobrevida do "inspirar-poesia", mas é bom estar aqui, e novamente agradeço a todos que vieram, me escreveram, e deixaram mensagens de bom ânimo.
Obrigada!
Obrigada!
Brevemente retomarei a escrita, visitas e leituras nos blogs amigos.
um grande abraço
36 comentários:
Querida, que bom ler você aqui neste cantinho, e fazendo importantes reflexões.
Um bom assunto, para um bom e longo papo. Sempre reflito assim, bem sabes. E o bom de estarmos neste mundo, seja o real/real ou o real/virtual, é estarmos atentos as nossas emoções, sentimentos, reações, compartamentos, tipos de relacionamentos, o que repetimos no virtual que é típico de nós mesmo nos relacionamentos reais...e por aí vai....um longo papo.kkkkkkkkkk
Mas o bom é estarmos nesse movimento de interação, de descobertas, de escrita de textos, e da escrita e leitura de nós mesmos.
beijo, e feliz com a sua volta.
Bom tê-la de volta, caríssima!
Beijos
Que bom que vc voltou, seu texto é precioso, naquilo que diz e nas curvas e dobras da vida que nele se fazem presentes. Bom tê-la por perto.
Beijo
Com o assunto Bin ou qq outro de âmbito mundial ou menor, sabia que apareceria, de novo por "Inspirar Poesia" para reflexão sobre a mundividência de que é dotada...para partilhar...inspirar. Bjs,Amiga.
Que seja doce o seu retorno, Mai.
Com o espírito mais amadurecido, que seja o sorriso mais florido, apesar dos espinhos.
Nossos braços estão abertos, na verdade, nunca se fecharam e nossos abraços, são contornos sem fim.
Meu carinho, querida.
Samara Bassi
Mai...levei para o meu blog para mais gente ter possibilidade de ler e refletir e pq gostei mesmo.Bjs
Se houver problema com a partilha diga por favor.
Nada como um amigo do lado de cá, mas de Nova Friburgo também vem a calhar.
No aguardo...
Abraço!
o espetáculo do horror continua a nos fustigar,
cheiro de bom retorno
É Mai, amiga querida.
Verdadeiramente, é um paradoxo essa questão de vida e morte e dos relaciomentos que se dão por intermédio da conexão virtual. Sim, paralelamente a isso, temos, como citou nesse preâmbulo de volta à escrita, de volta a alegrar-nos com a tecitura da tua palavra, uma virtual (real) morte de Bin Laden. Bom, de certo modo, a ausência do contato com o mundo possibilitou que o personagem em si fosse detectado. Por outro lado, paradoxalmente falando, se o mesmo tivesse esse contato todo com a mída moderna, seja por conexões virtuais ou por telefonia móvel ou fixa, talvez, pela possibilidade de rastreabilidade, o mesmo já estivesse morto há tempos. Pois bem, há tempos estamos todos vivos e todos mortos. Isso é fato. Alguns, pela inércia de percepção do mundo em volta. Outros por alienação nesse mundo imenso de informação e interação e outros, muito vivos, pois sobrevivem à toda iconografia que explicitadamente convida para esse estado de inércia. Esses, são essas pessoas de poucos contatos, que estou aqui, fazendo parte dessa revolução na forma de interação humana, seja através da internet, por telefone, e captam alguma essência do humano que há por trás das teclas, dos monitores, etc. São pessoas como você, talvez como eu, e outras espetaculares almas soltas por esse mundo, que só me foi possível conhecer porque há essa célere ligação do mundo comigo.
Estou feliz e ansioso para que volte, traga a fotografia que seus olhos conseguem capturar, traga o cheiro que seu olfato consegue sentir, traga o som que seus tímpanos conseguem perceber, a textura que seus dedos conseguem tocar e transmitir aqui em palavra para nós podermos degustar como se degusta um bom vinho de qualidade.
Beijo querida. Seja bem vinda.
Querida amiga, que bom que está de volta. Tenha um feliz dia das mães. Beijocas
Voltaste!!!
E a luz acendeu-se na casa que só tu podias habitar. Com a tua inteligência, com a tua sensibilidade única.
O teu regresso é uma alegria imensa!
Beijo terno e um abraço muito forte.
Muito bom!!!
Um ótimo retonro Mai!
Bejo
Aeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!
Verdade que fazia um tempinho que eu não aparecia por aqui... Mas fico feliz em ver que vc não vai abandonar esse espaço! =)
Também tenho pensado muito nessa questão... Mas já pensei mais nisso. Hoje, acho que tenho bem-resolvida a questão. Não perco nenhum pedaço da minha vida por estar na minha janela virtual para essa avenida chamada internet ou por estar com as pessoas que me são mais fisicamente próximas. Acho que, hoje, consigo dividir bem isso.
Ehr... Talvez não tão bem - tenho escrito bem menos que o costumeiro... Mas tô tentando! =)
=*
Que bom, Mai!
Escrever faz bem para quem escreve e para quem lê.
Bjs.
Val
Mai, eu fico feliz por estar de volta.
Seus textos são sempre ricos em reflexões e poesia.
Você faz muita falta nesse mundo nético.
Meu coração é linkado no seu ♥♥!
bjs
Rossana
Um retorno bem esperado e muito bom, Mai. Você fazia falta por aqui. Fiquei feliz de ver seu comentário, e embora já tivesse lido seu texto, reli com prazer, porque aqui tem outro significado.
Um grande beijo.
MAI!
Imagine a minha felicidade tendo você de volta. Nem que seja um "AI", é um sinal de fumaça, e onde há fumaça há fogo, e onde há fogo, há chama , luz, você.
Obrigada minha amiga querida. Espero que os danos causados passem logo.
Beijos
Mirze
Passando para desejar um excelente Dia das Mães!!
Que o domingo nasça em FLOR>>>
Abraços
eu sinto muito a sua falta.
Querida amiga, meu blog Devaneios está completando um aninho de vida, e gostaria de convidá-la para comemorar. Tem um selinho lá para você. Tenha uma linda semana. Beijocas
Bem colocadas suas reflexões, cala fundo...O importante é que você toma folêgo e o seu lugar nos "mundos" que ficam no nosso entorno; sim minha querida queiramos ou não estamos prisioneiros de uma nova situação...Sem volta...Nos resta a adaptação sem fugir da nossa essência de amar independente das circusntâncias. Reinventar-se é uma premissa nossa de cada dia. O sol voltará a brilhar em cada um que crê ser a Vida mais que tudo o que nossa vista possa alcançar ...Os olhos da alma são nossa força.Fica com a Luz!
↓
"É bom ou.vir.tu.e.teus.ais!"
Queremos MAIs e-Mai-ls!
Four-tchê abraços!
:o)
Nossa Mai...Perdi vc de vista viu?Vida toda corrida e as pessoas vao ficando pelo caminho(mesmo as queridas como vc as vezes me escapam).Um dia destes apertei um botao no meu blog e desapareceram todos os blogs preferidos entao de la para cá venho recapturando uns e outros e hoje foi o seu blog...Bem, esta semana nao por acaso me lembrei de vc, pois conheci um Clinico Médico maravilhoso perdido num hospital de emergencia aqui da Barra e ele era tao experiente q me chamou a atenção(não se encontra médicos daquele tipo em emergências) perguntei se ele atendia fora dalí e ele me contou q estava recomeçando pois veio de Friburgo fugido das chuvas...Quem tá longe destas coisas nao imagina q a coisa seja tao séria assim...E vc?Como vai?
Passando para deixar beijos e abraços.
E foi bom porque li o comentário de Mário Lopes.
beijo
tinha saudades tuas, querida - esperava que voltasses, compreendi o teu luto.
besos
Mai, amiga! Que bom que voltou. Senti muito sua ausência. Um sopro de alegria e de muita vida chegou até aqui... Beijo
Que mundos nos tornamos né?! Celebrando a morte com ode alguma forma ela 'justificasse' a 'luta' dos Taleban's enfim... Faz falto suas poesias inspiradas sua presença. Saudades Mai beijos
Mai,
É o terceiro blogue que visito e o tema é silêncio. Claro que você falou de outras coisas: morte de terrorista, afetos e amigos. Fico pensando qual será o grande motivo de estarmos todos assim, tão silenciosos. Será o tempo frio ou a chuva? Vivo procurando explicação e, de forma clichê, percebo que a resposta eu tenho em mim. Porque sou como todas as pessoas do mundo. Sofro meus abalos, meus terremotos e pago cartão de crédito. Acho que nossos conflitos andam vazios de sentimento. Talvez seja isso.
Beijo por estar de volta.
E tudo mais passará.
Respira fundo Mai... E segue. Tenho feito assim... Beijo grande! Nydia
Olá Mai, muito obrigado pela visita e palavras. Pode compartilhar em seu Facebook sim.
Olá Mai, boa tarde! Desejo que você retorne com todo gás, hoje que consegui abrir meu email, eu estava viajando, mesmo assim postei em meu blog, de uma olhada lá, gostei muito do apelo e já enviei todos os emails possíveis, fiz diversos telefonemas por meio do SKYPE, olha quando você enviar um email envie para o carvalhoarturo@hotmail.com quando eu viajo esse eu tenho acesso pelo celular, o outro não, abraços
Fico feliz e entendo muito bem essa tua fase. Por vezes um silêncio faz muito mais barulho no mundo que as nossas palavras, tão desgastadas.
Abç fraterníssimo.
Essa é para quem pensa que não é preconceituoso. Um homem ou uma mulher? Novela digital em 24 capítulos. Meu nome é Ken. http://meunomeeken.blogspot.com. Visite, leia, e se gostar, divulgue.
Olá, desculpe invadir seu espaço assim sem avisar. Meu nome é Nayara e cheguei até vc através do Blog ponto final. Bom, tanta ousadia minha é para convidar vc pra seguir um blog do meu amigo Fabrício, que eu acho super interessante, a Narroterapia. Sabe como é, né? Quem escreve precisa de outro alguém do outro lado. Além disso, sinceramente gostei do seu comentário e do comentário de outras pessoas. A Narroterapia está se aprimorando, e com os comentários sinceros podemos nos nortear melhor. Divulgar não é tb nenhuma heresia, haja vista que no meio literário isso faz diferença na distribuição de um livro. Muitos autores divulgam seu trabalho até na televisão. Escrever é possível, divulgar é preciso! (rs) Dei uma linda no seu texto, vou continuar passando por aqui...rs
Narroterapia:
Uma terapia pra quem gosta de escrever. Assim é a narroterapia. São narrativas de fatos e sentimentos. Palavras sem nome, tímidas, nunca saíram de dentro, sempre morreram na garganta. Palavras com almas de puta que pelo menos enrubescem como as prostitutas de Doistoéviski, certamente um alívio para o pensamento, o mais arisco dos animais.
Espero que vc aceite meu convite e siga meu blog, será um prazer ver seu rosto ali.
http://narroterapia.blogspot.com/
Querida amiga,
Ter asas é viver intensamente as coisas simples e belas do dia a dia.
Ter asas é ficar em silêncio e ouvir dentro da gente, o Deus que habita cada coração.
É isso que lhe desejo para o Ano Novo que está chegando...
Que você tenha asas como as águias.
Que a lua e as estrelas emprestem um pouco do seu brilho, para iluminar o Novo Ano,
e que Deus nos dê "Asas de Águia" para voarmos bem alto na construção de um mundo melhor.
Tenha um Feliz e abençoado Ano Novo ao lado daqueles que você mais ama. Beijocas.
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