CONTROLE REMOTO
Por Sueli Maia (Mai) em Das doenças terminais do amor 12/13/2008
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.........................................................É tão amorfa tua fala a me cobrar... É tão vetusto esse teu vício - vigiar. É tão arcaico esse desejo - controlar. É demodé essa história - dominar. É impotente o teu poder, prá me domar. Obsoleta essa vontade - me dobrar. É tão caduco esse teu crime - me prender. Ouve bem, não vês ? Então sente... Presta atenção, pela última vez. Ontem, passou. O dia e o amor, estão no Hoje. O meu amor está remoto... É tão remoto o teu controle... O que será que será?
...
34 comentários:
O que será que será
que fica assim me importunando
quando terremotos varrem
a terra em vastidão de amor?
O que será que será
que machuca a ferida aberta
n`alma e espalha ondas de dor
pelos labirintos escuros do caminho?
O que será que será
que aprisiona o colibri
numa jaula de posse
e dilacera o canto
em prantos de voar?
O quer será que será
que é farto mas se faz mesquinho
como vinho que envelhece
solitário num barril?
O que será que será
que apedreja o corpo
e, vil e fosco,
torna-se espelho de ingratidão?
O que será que será
que não sabe se será
mas é o que está
em nossas próprias mãos?
Acabou-se, findou a razão,
desvaneceu como flocos de algodão
que fica encharcado com a densidade da água.
Gostei muito do teu poema, Mai, como sempre, és divina.
Ternura em ti.
é disso que eu gosto....podes sempre falar de amor...mas que seja em tom caustico!!! assim esse texto...demodé é msm fora de moda..e esse teu texto tem uma dosezinha de amor à francesa...ehehheheheh
Olá querida Mai, belíssimo o teu poema!... Bom fim de semana, beijinos de carinho e ternura,
Fernandinha
Oi
Que poema forte hein?"O que será que será?"
Gostei muito,o amor dá asas, não as corta.
Mil beijos
Cara Mai,
lindo trecho. Ao invés de controles remotos, descontroles posteriores :-)
Um ab
edu
amor não é coleira, não é gaiola, não é jaula, não é controle remoto, mas todos acham que isso é cuidar do amor...amar não é ter alguém, é estar ao lado de alguém, enquanto se quiserem, simples assim.
linda poesia mai, mas magnífica a resposta do márcio.
bjs
hummm aproveitando o tema ..controle..amor. assista vicky cristina barcelona do woody allen. bjs
Olá querida Mai, voltei para te dar a conhecer o meu novo espaço, á morada é esta que estou a postar... Obrigada e muitos beijinhos de amizade,
Fernandinha
Está diferente este texto, como consegues isto esta mudança quase radical de um texto ao outro? É eclético! É por isso que eu venho aqui. Bj
Registre-se esse tempo, o de hoje. Registre-se essa Mulher, essa que surge na América. Registrem-se as vitórias, as derrotas, o luto e a felicidade. Registrem-se os embates do milenar controle do homem que estertora. Combatam-se com notícias, com poemas, com canções, com toda a arte, esse controle arcaico que, mesmo ferido de morte, ainda sobrevive.
Abraço fraterno, amiga combatente!
Olá, Márcio.
Tu me encantas e emocionas com esta sensibilidade poética.
Maravilha, capítulo extraordinário, um bônus, são teus comentários.
“o que será que será, que é farto, mas que se faz mesquinho, como vinho que envelhece solitário num barril? ... Que apedreja o corpo e, vil e fosco, torna-se espelho de ingratidão...”
Tens noção de que contigo, este blog, faz sentido e cumpre, finalmente, o seu destino de “INSPIRAR”?
És muito lindo!
Muito carinho.
Oi Léo.
Tens razão. Eu não havia atentado mas, agora que jogaste luz, percebo que há aqui, alguns elementos que linkam-se à França: Tem Foucault, no “Vigiar e Punir”. Tem a palavra démodé, a moda – e o que está nela ou fora dela. E por fim, a própria saída à francesa, que sai de mansinho, fininho, e vai...
É um bom entendimento, conexões das experiências de cada um com o tema.
Mas não sei se é só isto e não há outras possibilidades.
Deixa eu sentir, outra vez, sem explicar ou entender, só sentir...
O que será que será?
Carinho, sempre.
Olá, Fernanda,
Mais uma vez, grata pela visita e comentário e adesão.
Linkei o teu blog. Frei o link com o mais novo.
Abraços.
Olá, Juliana. Seja bem vinda.
Grata pela visita, comentário e adesão.
Este espaço também é teu.
Podes comentar à vontade e inspirar-te também junto a nós.
Carinho.
Olá, Edu.
Como sempre, palavras precisas.
Dois ab
Olá Iara,
Estou dependente dos teus comentários e indicações de músicas e filmes.
Aqui, tudo teu é importante, relevante, imprescindível.
Carinho.
Oi, Tossan. Reaparece, assim, como mágica.
Não sei o que me dá. Não explico ou me explico, e não é soberba, porque sou simples, assim...
Juro, Tossan, isto vem, eu até tenho algumas teorias sobre isto, mas não ouso falar disto.
De qualquer modo, a inspiração me pega nos lugares mais engraçados.
Parte é ficção, mas óbvio há experiências reais.
Mas escreves muito.
Eu sou grata por vires aqui, comentares e me acrescentares com tuas idéias e imagens.
Aliás, tua "fototeca" a palavra existe porque já criaste.
Guimarães Rosa, foi meu mestre na ousadia da palavra.
Os neologismos, eram a brincadeira preferida daquele gênio.
Eu sigo-lhe as pegadas.
Mas tua fotografia é, muito bela. Luz, signos, todo simbolismo ue envolve, tudo.
Eclético?
Também és.
Beijos.
Olá, amigo.
E, se fraternos são os abraços, também teus comentários trazem chama solidária.
Por teu decreto, que se registre , então, o dia de Hoje, com todos os protestos que os poetas inscreverem.
Beijos e abraços, fraternos, igualmente.
Menina Mai, se você quiser, eu posso mandar um cárdio-oculista para ele se consultar e, quem sabe, aprender a enxergar os caminhos do a dois ...
Aí está! O pé firme, mesmo com o coração doído. O olhar não é turvo, mesmo que haja lágrimas. É o começo de uma nova caminhada.
bjs
Oi, Monday.
So help me please! Call somebody...
Disse-me um amigo, outro dia, não há nós porque ele ainda não te leu.
Será?
Abraços.
Volta sempre, volta mais.
Oi, linda-senhora.
É tudo isto e é muito mais...
Beijos, amiga!
É, Mai, no entanto, outros verbos se conjugarão nesses tempos e espaços quadridimensionais. Creio que está por vir a Índia, a Mátria, a Mulher. E todo esse noticiário passional e violento será coisa do passado. E o humano se renovará, "mudando o curso da história, por causa da mulher".
adorei sua visita....mal estou conseguindo digitar aqui mai....estou emocionada.....
***neste momento estou triste....
então entro em teu blog e escuto ''o que será que será....que me bole por dentro...será que será???''
lágrimas caem de meu rosto agora.....
obrigada por me brindar com tãaao linda postagem,que acalentou meu coração pungente....que fez a lágrima tardia rolar de meu rosto....
lindo
lindo mesmo.....
beijos......volto logo!
Eurico-amigo,
que Deus ou todos os deuses do olimpo. Os mitos, elementos das florestas e das matas, os xamãs ou os pagés, não tardem a vir ou ordenar que enfim, se revele ou descubram os próprios homens, como é vã, a "ilusão de que ser homem, sem alma-feminina, basta-se ou basta, direi eu.
Carinho e muito, muito grata pelo comentário, outra vez, genial.
Olá, Joyce.
Não queria, amiga, fazer-te triste.
Mas emoção é assim mesmo. Tenho um poeta amigo, a quem admiro e cujos versos, quando vou ler, já pego logo, a caixa de lencinhos de papel... rsss
Imagina, emoção é isto. Prefiro chorar a ser opaca e indiferente. Prefiro viver as dores e as delícias das emoções, a embriagar-me diante da fraqueza de não suportá-las.
Olha, volta, sempre que quiseres.
este espaço, agora, é teu também.
Carinho.
"O dia e o amor estão no hoje". Também penso assim! Bjus e bom final de semana.
PS: Tem poema novo na Casa do Poeta.
http://so-pensando.blogspot.com
http://poetasreunidos.blogspot.com
Ai meu Deus, olha a musica que tu foste deixar de fundo....é simplesmente magnífica, sou apaixonadíssima por ela...
Sem falar nos teus textos, leio uma, duas , tres vezes até, e em todas as vezes concluo algo diferente...
Escreves lindamente,
beijinhos
Oi Mai...comentar ouvindo O que será já é covardia, ler os outros comentários um insulto...rsss
Captar o poema faz brotar a emoção...
Remota é a possibilidae da minha não vinda por aqui...Parabéns pelos poemas e pelos coments...O Márcio lá em cima arrebentou, confesso que me deu vontade de tentar algo parecido, quem sabe com Construção que acho o máximo...abraçosssss...bom domingo
Oi querida!
O amor cai de um penhasco quando o poder do controlar invade nossas vidas.
Todos nós precisamos dizer não, quando estamos sendo controlados pelo o outro lado. Controlar, dominar, prender... Não coisas que acabam com o respeito, liberdade e o amor!
Aqueles que tentam controlar alguém, é porque já perdeu o controle de si a muito tempo!
Prefiro pedir do que controlar!
beijos e ótimo fim de semana!
Olá, Daniel. Obrigada pela visita e comentário.
Certamente irei até o teu espaço-poético.
Não demores a voltar. este espaço também é teu.
Abraços.
Oi, Sun.
Não tens idéia de como fico feliz ao ver-te aqui, novamente, e com a tua alegria e brilho.
Volta sempre, volta mais, e por favor, não nos prives dos teus comentários.
Carinho, sempre.
Olá, Élcio, prazer e honra recebê-lo, novamente aqui.
Desde sempre, o Márcio compreendeu a proposta deste blog: "inspirar-poesia" Assim, ele escreve, e smpre de forma pertinente, emocionada, transpirando poesia.
Espero que voltes sempre. Se tiveres vontade, escreve.
Este espaço nasceu para isto.
carinho.
Oi, Fran.
Tua presença é um brinde, sempre.
Amigo, não demores a vir.
Desejo-te, igualmente, um bom final de semana, junto ao teu amor.
Abraços em ambos.
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