Inspirar-Poesia, um segundo sopro

ÁRVORE - BONSAI...

Por Sueli Maia (Mai) em 12/25/2008
.
'Todo vivente, sofre. E sofre ali, bem na fronteira entre o que é, e o que está sendo. Entre o que deseja, e que não se permite aplacar. Entre o que sente, e se nega viver e admitir. Eu, sempre quis ser simples. Mas, megalômana e utópica já tive um dia, o pensamento mágico de talvez, pensando-me um deus, poder lenir as dores, da humanidade inteira. Sobrevivi desapontada, por um bom tempo, à constatação da minha humana impotência, e cresci. Ciente de mim e dos meus limites, eu tenho cá os meus sonhos, conflitos, manias, só minhas... E um jeito de ser que procura um caminho, possível, e a medida do meio, em tudo.
‘ - Adoro subverter normas e paradigmas mas, também tenho especial pendor e fascínio, por pesquisa cientifica. Eu as faço bem, e com prazer. Não sou ortodoxa em quase nada (a não ser na minha própria heterodoxia). Mas, se quero, sou vegetariana. E como folhas, às vezes... Devoro folhas, de livros... Mas minha ânsia inesgotável de saber, possui um vício – Ser simples. O senso comum me alimenta, também. A vida e o homem singelo, me encantam. Eles guardam um conhecimento e sabedoria, que as academias vaidosas, soberbas e repletas de verdades e certezas, ignoram. É que eu mesma, ainda, não escrevi uma “epistemologia dos saberes populares” (na verdade eu penso, que a indiferença científica sobre qualquer coisa, dura até, que um qualquer-quem constate, a cientificidade implícita, da “suposta” bobagem... Ai, o(s) doutor (es), se apodera(m) da verdade científica... xiiiii deixa eu pensar baixo...(ou irão me banir, novamente...) O simples de um modo geral, guarda tímido-acanhado um saber, gigantesco, sobre um mundo que, só ele, conhece, domina e, se ele quiser, replicará, sempre. Minha curiosidade-festiva, brinca e se alegra ouvindo, sem pressa, o saber popular. São das poucas histórias que eu não encontro, nas bibliotecas - minha ou públicas, ou nas folhas dos livros com que alimento, a minha inquieta e notória fome de saber...
‘ - Amo viajar. Descobrir coisas, conhecer pessoas, interagir, inspirar novos ares, em liberdade. Me apaixonar e renovar a vida...Eu me apaixono mil vezes, por tudo. Jamais consegui ser superficial com qualquer-isso, ou qualquer-quem, com quem eu tenha estado. Assim, desde sempre-gente, eu ando pelos mundos... Verde-amarelos Brasis... Rurais e urbanos, agrestes e úmidos, inóspitos e acolhedores, brejeiros e sofisticados, serranos e marinhos.
Em todos olho coisas, vejo vida, ouço gente.... Eu, mochila-mala, andante-navegante, vou indo, caminhando, existindo, sendo...
Me descobri resiliente e adaptável, nessas estações-trilhos e, nas estradas-atoleiros de um viver já gasto, um tanto... Na metade de uma vida que renasce a cada dia, estou eu... E entre ruas, caminhos e descaminhos. E em meio à idas e vindas, encontros e desencontros, eu sempre volto, ao chão e aos rios de minha terra simples. Aqui, eu me reencontro. Meu eu, com as vastidões de mim se aninham e se gritam, se acusam, se cobram, se xingam, guerreiam, se agitam... E, no limite de uma dor, pacificam seus quereres. Dosam dualidades, ajustam sintonias e equilibram polaridades para que enfim, eu consiga viver a minha reles, humanidade. Experimento todas as minhas sensações, emoções, desejos e vontades, possíveis, oscilo e contenho o selvagem e o terno, o metálico e o erudito, o intenso e o gradual, o sussurro e o grito, o suave e o brutal, a doçura e a agressividade (são doses mínimas e medianas que eu me permito, é bem verdade. É que eu evito os extremos.)
‘ - Estou em solo, em berço, em útero. Na Veneza - brasileira, arranhando os céus de mim, planto-me, finco-me, há dias, nos andares medianos de um edifício, chamado “Esperança”. Da cobertura olho, ao longe, um infinito-horizonte de um lugar... Carros e construções, minúsculas, resgatam em flashback minha vida, as experiências, o “pé na estrada” e os dilemas entre o eu simplicidade-campo e o eu, sofisticação-metrópole.
Nesta mesma proporção, ontem-longe e hoje-perto, se atualizam. Um fenômeno inexplicável, se revela. E uma luz cinematográfica projeta, as minhas ambigüidades e conflitos, que habitam: terra e cosmo, nascente e oceano, o raso e o fundo do mar dos meus sentires...
Num filme dinâmico então eu vejo, dores e angústias que senti, bebi e me embriaguei. Os mil caminhos que andei, as zil viagens que já fiz, os amigos que deixei, as mais distâncias que corri e percorri... E o tanto e imenso que tentei, encontrar “um” lugar e “um” alguém... Eu amei e desamei... Porque, distante de mim, como eu poderia? Como me acharia se eu me perdi de mim, do eu, do tu, do nós e do amor?
‘ – Não sei como, mas pressenti que este ano, meu natal seria atípico. Deu meia noite, em 24 de dezembro e, justo agora, meu pensamento, (que sempre teve vontade própria) me ocupa e me obriga um repensar...Gosto de tudo que me faz pensar... Assim decidi registrar este momento, inusitado, de um natal em que, sozinha, estranhamente, não estou só. Acompanhada e em companhia da cidade inteira, avisto, soberana, o ilimite sem fronteiras de um mundo, incontido de casinhas e luzinhas, rios e pontes e gente. Nas casas não os vejo, mas sei que estão lá... A cidade é um mundo iluminado, é um todo. Lembrei Lennon, numa festa natalina com mil árvores a piscar... Então sorri prá mim, comigo, myself e pro meu self. Porque só havia eu, ali.
Epílogo - Assim conclui que, apesar de toda economia psíquica, investida em novas trilhas e pensares, foi uma simples árvore iluminada e um neon piscando longe, um natal, que me acenderam uma luz e inspiração. Eu concebi de repente, um roteiro modesto. E me fiz cineasta, diretora e atriz... E me dei de presente um filme, já escrito, estrelado e lançado, por mim...
Este filme seria caótico-incompreensível, não fosse a legenda. Porque nele eu mesclo, imagens, metáforas que, de tão complexas, fadariam ao insucesso, ambos - roteiro e atriz, desta trama. Pausa.
Vou ligar a tecla SAP, a legenda e rewind... Pois a partir de agora vou segredar um embate: Meu pensamento e eu, se questionam...‘Prá problematizar e entender, o que será que me dá... E saber:
- Onde cabe o simples e o campo? - Em mim.
- Onde guardas o gosto cultural e o requintado? - Em mim.
- Onde está a cientista? - Em mim.
- Onde anda todo o resto? - Em mim.
- Onde cabe isto tudo? - Em mim.
- Como fazes para ter, assim? – Amo! Apaixonada e viciadamente, eu amo. E acredito que o amor existe, de verdade!
- O que fazes prá viver e estar assim? - Escrevo e reescrevo e me emociono e gosto disso. Ser e Estar assim, me faz humana, civilizadamente - gente. Invento e reinvento, poesias e roteiros a cada dia... E experimento, corajosa, as doses diárias de cada coisinha que sinto e que amo, bem dentro de mim.
- Onde e como distribuo este filme? - Em árvores. Em folhas que espalho, soprando a quem queira, no ar ou no mar, sem fronteiras, em sopros de vento...
- De onde vem tua força? – Da minha alegria-menina-maria que ri e que brinca que ama e que gira no sol...Sou um girassol... E, apenas, um ser humano.
...

44 comentários:

lula eurico disse... @ 25 de dezembro de 2008 às 18:02

a árvore-bonsai tem raízes, mas não tão fundas quanto as tuas...
abraçamigo.
força, amiga!

Márcio Ahimsa disse... @ 25 de dezembro de 2008 às 19:34

Minha querida e linda amiga,
eu, mero escudeiro de mim, vasto em coisas sem vastidão, eu penso assim, contigo, nessa empreitada de vida. Tu não estás sozinha nessa... Eu também creio no amor, creio nas pessoas e sou fascinado pelo simples, pelo real de cada um. Para mim, somos eternos lavradores da poesia da vida, nada do que perambula para além da alma faz tanto sentido, apenas o essencial. E te digo que estas folhas sopradas ao vento sempre batem em minha pequena alma, sempre me fazem voar junto. Peço-te, sejas sim essa alegria-menina-maria que sorri como um sol, sejas esse girassol e gire, não só em minha vida, mas na vida de todos teus contemplados.

Minha linda, dessa janela, onde olhavas e vias as casinhas pequinas, vias o abrigo da vida, vias com teus olhos de menina...

Continues a me fazer sentir que estou nessas casinhas e sendo visto por ti.

Beijão imenso de ternura.

FERNANDINHA & POEMAS disse... @ 25 de dezembro de 2008 às 19:44

Querida Mai, maravilhoso texto... Fiquei fascinada... Obrigada Amiga!...
Um grande abraço de carinho,
Fernandinha

Qualquer Um (Bigduda Nobody) disse... @ 25 de dezembro de 2008 às 22:18

Cra Mai,
Gosto destes textos que nos forçam a desistir de entender e simplesmente ler. Flanar por uma reflexão tão pessoal que comunica pelo que toca não pelo que se entende.
Forte texto, sejam quais forem os contextos.
Belo
Um ab
edu

Luciene de Morais disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 00:39

Em muita coisa, sinto-me como você.
Aprecio as antíteses, o simples e o complexo, e tudo o que isso implica. E, como você, prefiro escolher o caminho do meio. Mas você tem uma coisa que eu não tenho! Um lugar para voltar e se sentir em casa. Isso é muito bom, eu acho.
Carinho a você, ser humano.

FRAN "O Samurai" disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 00:55

Oi amiga!

Como sempre digo, é na simplicidade do ser humano que ele se encontra mais poético!

Nos simples pensamentos, nos simples gestos, nas simples palavras, que mesmo sem saber muito, mesmo que uma pessoa não tendo um nível acadêmico alto, ainda contém a sabedoria de um sábio popular. Eu gosto de ouvir pessoas simples que contam suas vivências e nos fascinam.

E em cada palavra é cheia de muito carinho e amor ao contá-las. Acredite sim no amor da simplicidade.

Questione e reflita sobre as coisas simples! Pois as respostas de muitas coisas na vida, na maioria das vezes está dentro de nós e não sabemos.

Beijos...

Anônimo disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 01:30

ola poeta!
posso viajar?
fiquei imaginando um E.T. lá no espaço investigando, analisando, estudando meros seres de um Planetinha chamado Terra.

(voce é de carne e osso)

bj
eu

Leo Mandoki, Jr. disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 02:10

....lendo esse seu texto autobiografico fiquei aqui pensando:
nascemos simples....e dps desejamos conhecer, aprender a ciencia e os misterios da vida, pesquisamos, lemos, refletimos, nos consumimos em horas e horas, dias e dias inteiros na busca de uma vã compreensão e, no fim, o nosso desejo acaba por ser apenas único: que nos tornemos SIMPLES
...................
partimos do SIMPLES e queremos sempre regressar ao SIMPLES....
..........
o que é que fica pelo caminho?

Jacinta Dantas disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 06:58

...menina-maria em linda imagem no ser girassol.
Tens, então, a força e a beleza esplêndida do ser que tem a grandeza de se saber forte e a humildade de se aceitar frágil - como seres que somos girassóis-humanos.
Beijos e muito Amor.

Germano Viana Xavier disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 09:45

Mai,

o que faço?
Escrevo um texto como resposta?
Ou me calo?
Quantos calos brotaram...
E eu ali, da janela, também, a perscrutar o que também você sonhava e via...

Eu preciso ser clichê hoje e dizer apenas que acabo de ler um belíssimo texto, vindo das partes mais puras de um ser humano, escrito com amor e força pelas mãos de quem sofre e retira da dor o sol de cada dia.

Um tempo feliz para você, Mai.
E continuemos, sim.

adouro-te disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 09:56

Olá, Mai!

Lia-te e as tuas palavras boiavam em volta de ti e das circunstâncias.
E constatava que somos todos muito iguais perante o que nos rodeia e que não dominamos.
Pessoas inteiras e a circunstância! Como se esta última fosse pessoa connosco.
Beijo deste lado de cá.

Vivian disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 12:59

...taí o verdadeiro retrato
de uma alma, quando deixa-se
mostrar sem máscaras coletivas.

você é mágica, eu eu
me encanto cada vez que te
leio.

Namasté!

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:15

Oi, amigo-Eurico.
Eu sei que os Bonsais são cultivados em bandejas. A analogia parece-me apropriada para aquilo que já forte, vai mudando ou, vai sendo mudado, adaptando-se ao devir... Tenho raízes fortes, amigo-lindo. Tenho sim. Mas também li, que há bonsais seculares. Pequenos e fortes. Bem, mais a mais, cultivo alguns, e os sei cuidar. Não tenho ciência nesta matéria mas, será que existem bonsais de carvalho? É uma bela árvore, não?
Querido, eu te agradeço todo carinho e solidariedade que a mim, vens manifestando.
Espero que possamos nos ver, antes que eu retorne.
Carinho e um 2009 especial!

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:16

Márcio, amigo-especial
Guardo comigo, todos os versos que, inspirado, postaste aqui. Eu, que gosto de adjetivos, porque sempre vejo luz e beleza em cada um, não encontro “um ou o” adjetivo que te daria a medida do quanto tu me comoves, em teu “amar o mundo”. Só espero que lembres, sempre, do “cadinho” de razão... Don’t forget it! Please! Take care of you!
Em qualquer alfabeto, idioma, língua ou linguagem, há coisas que “SIMPLESMENTE” sentimos. Por maiores, mais importantes e complexas que sejam, existem muitas, pessoas e coisas que, sinto imensas, porque não complicam ou se complicam, no amor que distribuem. Tu, és um. SIMPLES, ASSIM... E te admiro e te gosto, imenso.
Que 2009 seja especial e muito alegre para ti. Que consigamos nos aproximar em poesia e no desejo de um mundo com seres humanos melhores.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:17

Olá, Fernanda.
Não me canso e nem me acanho de me repetir. É um prazer imenso ter-te por perto. Poder ler os teus versos e ler-te aqui, humilde, porque és grande poeta.
Um grande abraço de carinho,também para ti.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:18

Caro, Edu,
Do que eu gosto?
De te sentir, sempre perto. Isto tem sido um alento, sabes?
Eu te gosto e concordo contigo, porque há mesmo coisas que não precisamos entender ou complicar, ou questionar...Basta sentir...
E, ah! Edu, também viajo, em teus escritos...

Mil ab.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:19

Olá, Luciene.
Registre a minha admiração e carinho por ti.
Já li textos teus e posts em blogs nos quais cooperas, e gosto muito do teu jeitinho generoso de ser.
Li e-mail teu e peço-te que aguardes. Tão logo eu retorne a minha casa, te enviarei o texto – Medos e Atavismos, que me solicitastes.
Teu comentário me dá conta de que, talvez o Tao, esteja mais difundido e incorporado nas pessoas, do que o tanto que sabemos. Isto que mencionas de antíteses, me faz caminhar mais tranqüila e menos culpada, de muitas coisas que tentaram me impor.
Espero que tenhamos em 2009, ensejo de nos aproximarmos mais. Afinal, não estamos tão longe, uma da outra.

Carinho, sempre.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:21

Olá, Luciene.
Registre a minha admiração e carinho por ti.
Já li textos teus e posts em blogs nos quais cooperas, e gosto muito do teu jeitinho generoso de ser.
Li e-mail teu e peço-te que aguardes. Tão logo eu retorne a minha casa, te enviarei o texto – Medos e Atavismos, que me solicitastes.
Teu comentário me dá conta de que, talvez o Tao, esteja mais difundido e incorporado nas pessoas, do que o tanto que sabemos. Isto que mencionas de antíteses, me faz caminhar mais tranqüila e menos culpada, de muitas coisas que tentaram me impor.
Espero que tenhamos em 2009, ensejo de nos aproximarmos mais. Afinal, não estamos tão longe, uma da outra.

Carinho, sempre.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:22

Oi, Fran!

Eu estava saudosa de ti.
Isto que menciono – ser simples é, na verdade a simplicidade do ser humano, no continuum e no devir das coisas... Por vezes, deixamos de viver com os que amamos, por fazermos as coisas do modo mais difícil.
Assim, ser simples, e não complicar a vida e as coisas, é uma boa medida.
Fran, agradeço-te as palavras e o carinho que manifestas, a cada visita.
És uma espécie de talismã do “Inspirar”.

Não prescindo de ti.
Carinho, sempre.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:23

Ola, Anônimo.
Claro que podes viajar, sempre. Aqui, neste espaço de inspiração. Todos, de bem, podem versar, viajar, poemar... E gosto que assim seja.
Sim, amigo(a) sou, apenas, um Ser Humano. Que sofre e ri e canta e dança e pinta e escreve, faz versos, e gosta de amigos por perto (mesmo que estejam longe) – E, neste mundo sem fronteiras, Navegar é possível e, por vezes, imprescindível, sobretudo aos que se sentem solitários. Nenhum-ninguém será sozinho se for blogueiro. Porque veja, tu, mesmo anonimamente, me fazes feliz, com tuas palavras.
Volte sempre. Porque aqui, sempre poderá viajar... Livremente...

Grata pela visita e comentário.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:24

Olá, Léo.
O que é que fica pelo caminho Léo? Eu sei?
Só sei que é assim... Simples, assim...
Para mim, nos últimos dias, simplificar as coisas, tem sido uma espécie de obstinação.
Tenho conseguido rir mais, amar mais, viver mais, ter mais amigos, observar o mundo com um colorido mais vívido. Apesar dos desafios humanos.
Não estou certa se isto não é piegas, utópico ou, uma espécie de, “surto de otimismo-Poliânico”.
Também não sei se é tolo o meu intento – Ser SIMPLES.
O que sinto, neste instante, é que o complexo, o difícil, o elaborado, o excessivamente acadêmico e científico, não daria conta do que estou passando e sinto, do que preciso viver, neste instante.
Eu já te disse que o meu dia, é o Hoje. Também disse, que não tenho muitas respostas nessa vida. Tenho sempre, mais perguntas. Mas hoje, Léo, viver o Simples, é tudo o que eu preciso, para fazer o que precisa ser feito.
Neste momento, pouco me serviria o conhecimento acadêmico, sem um coração.
O saber especialista, não me levaria muito longe se eu, não me emocionasse ou me importasse com o outro que precisa de mim.
Mas, a tua pergunta que eu disse não saber, eu retomo, prá dizer que, fica sempre... qualquer coisa de mim, e eu afirmo, de mim, em alguém. Porque sou sempre, tão intensa em cada coisa que faço, que, mesmo quando eu parto, eu fico.

Abraços.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:25

Olá, Jacinta.
É sempre muito bom, ler tuas palavras e sentir a tua emoção.
Teu coração é que é esplêndido, Jacinta... E o coração, é um Sol.

Carinho, sempre.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:26

Oi, Germano.
O que tens que fazer, Germano-mano, é continuar...
Escreve sim, mil textos, como só tu, sabes fazer.
Por favor, continua teu jogo de palavras e poesias...

Carinho, sempre.

Mil abraços

Continuemos, sempre...

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:26

Olá, Mateo.

Fiquei pensando sobre o “ente” – circunstância...
Vou pensar muito sobre tudo o que escreveste aqui.

Muito carinho.
Obrigada, sempre.

Anônimo disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:28

Menina, eu estava lendo e pensando: puxa... eu podia ter escrito isso tudo.
Mas a nossa diferença é que me escondo nas entrelinhas dos meus contos e você dança nas palavras de suas poesias. No fim, venho aqui para ver-me no espelho e, acredito, quase todos o que vem aqui se enxergam em alguns pedaços desse seu espelho.
Um grande beijo, menina! E obrigada por este momento!

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:28

Olá, Vivian.
Por vezes, temos que ter a coragem de admitirmos que ali, estamos, inteira
Certa vez, um amigo disse-me que eu deveria expor-me mais...
Fiquei pensando: de que modo eu poderia me expor mais...
Bem, eis o texto.

Carinho, Vivian.
Que 2009 seja muito especial prá ti. Namasté!

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:34

Olá, Sun.
Fui te visitar e...pfff... Li que havias fechado aquele espaço maravilhoso.
Bem, deves saber quando reabrí-lo.

Tão logo eu consega um pouco mais de calma, irei ver teus escritos no Rosas.

Carinho, sempre...

Sueli Maia (Mai) disse... @ 26 de dezembro de 2008 às 23:35

Olá, linda-senhora.

Então, a admiração é recíproca.
Porque há mutos textos que escreves que penso o mesmo....
Carinho.

FERNANDA-ASTROFLAX disse... @ 27 de dezembro de 2008 às 10:17

Querida Mai, B F S, e continuação de BOAS FESTAS,
Um abraço do tamanho do Mundo,
Fernandinha

Eu disse... @ 27 de dezembro de 2008 às 11:29

Hoje estou passando pra uma visita rápida
No blog das pessoas que sou seguidora...
Não poderia deixar de vir aqui e lhe dizer:
Que você consiga docemente
Viver, sentir e amar...
Que seja sempre todo coração,
inundado de um amor transparente,
apesar de todo o risco que isso possa significar!
Receba meu abraço carinhoso!
Beijos

Anônimo disse... @ 27 de dezembro de 2008 às 11:54

E dessa forma, em vaso pequeno e contido, cresce esse bonsai, sob a inspiração de um cuidado, de um toque delicado, ousando respirar. Nessa fotossíntese de idéias, faz a cientista a descoberta de que não apenas os raios de sol, mas tantas luzes ao seu redor são capazes de alimentar essa árvore de idéias.

As raízes na terra buscam o úmido, o húmus, o que desta floresta, pequeno vaso, apodrece para aimentá-la em nutrientes de antigas idéias. Enquanto as folhas, cada uma mídia dessa história, desse roteiro de uma vida, vêm absorver a luz de outras pessoas, de outros momentos, de outras fontes. E assim deixa de ser só coisa intensa e imensa, pq assim se torna o bonsai uma vez mais a imagem de tamanha delicadeza, de tanta sutil beleza.

Texto pra emocionar... pra ir pensar com a cabeça no travesseiro, caríssima. Como sempre.

Vivian disse... @ 27 de dezembro de 2008 às 13:23

...Mai minha lindeza,

Deus lhe dá todos os dias,
86.400 segundos.
quantos destes segundos diários
você usa para fazer alguém
feliz?

Bjus

:.tossan® disse... @ 27 de dezembro de 2008 às 17:22

-Por favor agora não, nada de café, atenda as chamadas e se alguém perguntar voltarei logo, mas agora não Emeeengaaarda(a empregada)eu já disse que não quero café, é a deixa para ir pra tua casa, até amanhã Emengarda(a empregada) agora não posso vou ler Mai o texto é enorme, se eu me distrair não vou entender nada. Como vou comentar. Boa tarde Emengarda! Ufa a empregada se foi!

Sim consegui ler...ufa que texto grande para blog!!! Deixo sempre pro final. Mai e Mandoki!
Não importa o tamanho do texto o teu coração culto bate mais forte, eu escuto daqui é mais sensível e mais humano. Não sei qual é a tua formação de fato, mas letras ou filosofia são os que ecoam mais da tua alma, ou talvez Sociologia ou Psicologia? Gostei muito de ler Mai! Viu Mai? Beijo Mai

bete disse... @ 28 de dezembro de 2008 às 02:33

belíssima vc mai!
me fez chorar de novo!
não de tristeza, mas de emoção pela beleza de ser humana, forte e frágil. bela.me vi muitas vezes nesse texto, uma pessoa única, íntegra, mas com ambíguidades marcantes e especiais, capaz de se emocionar nas miudezs do dia a dia, nas luzes de natl.
e acho que foi assim que vc acabou por me ver nos meus pots bobos, vc me viu como sou, e isso me surpreendeu, e foi um belo presente de natal tb, fiquei feliz, por ser visat além do óbvio.
bj carinhosa de quem te admira muito.

Cecília disse... @ 28 de dezembro de 2008 às 12:42

Maravilhoso texto...

Vim desejar
FELIZ 2009

Que o Ano que está para nascer seja repleto de muita Luz, Paz, Saúde, Amor, Fé, Prosperidade, Sucesso, Harmonia, Igualdade, Perdão, Conquistas, Sonhos, Felicidade, Realizações, Esperança, Força, Amigos, Liberdade, Desafios, Solidariedade, Respeito, Alegrias, Humildade, Paz de Espírito, Equilíbrio, Paciência, Sabedoria...

Beijosss

poetaeusou . . . disse... @ 28 de dezembro de 2008 às 18:30

*
espelhei-me
nas palavras
texto ávido
de ser lido
descobrindo a beleza
dos Bonsai,
,
Brisas de paz, deixo,
,
*

Sueli Maia (Mai) disse... @ 28 de dezembro de 2008 às 20:34

Olá, tatiana.

também desejo-te muitas alegrias em 2009.
Espero que possamos estreitar, cada vez mais, a integração e relações poéticas ou de amizade.

carinho, sempre.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 28 de dezembro de 2008 às 20:36

Olá, Troll.

Amigo-querido.
Sempre aguardo teus comentários. É que eles são repletos de lições, as quais leio, atenta, para refletindo, poder encontrar, novas possibilidades de existir e seguir escrendo.

Desta vez, ainda mais que de outras, foste um mestre.

Te agradeço, imenso e sempre.

Muito carinho, Troll.
Não se perca daqui.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 28 de dezembro de 2008 às 20:40

Olá, Vivian.

Amiga linda e sensível. Cada ser humano, atento aos princípios do bem viver, vem buscando fazer, aquilo que lhe é possível.
Assim, venho lutando, para ser, a cada dia, um pouquinho, melhor.

Na exiguidade de minhas horas, por vezes, sou injusta e, não consigo estar e fazer a todos quanto gostaria, o meu melhor.

Como afirmei, sou APENAS um ser humano, pelejando na vida...

Mas, quando encontramos alguém como tu e tantos, como os poetas quenos visitam, isto nos parece uma empreitada coletiva. Amar e fazer o bem.
Uma obstinação de muitos.

Vivian, que em 2009 possamos nos encontrar mais vezes e nos integrar, cada vez mais.

Carinho imenso.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 28 de dezembro de 2008 às 20:42

Oi, amigo-Tossan.

Tu, jamais perdes este bom humor.
Eu admito, nem sempre consigo ser objetiva rsss...
Este é um dos meus esforços, primordiais.
Mas vês, sou um fracasso.
rss
E tu, és um amigo leal.
Dispensas a "emengarda" e lês, generosamente o pergaminho...rsss

És mesmo lindo como o arrebol que fotografaste, e postastes em teu blog.

carinho, meu amigo querido, sempre e sempre.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 28 de dezembro de 2008 às 20:44

Oi, Iara, minha amiga querida.

Sei lá se nós duas já não nos conhecemos ...rsss
O fato é que a admiração e a emoção, são recóprocas...
Olha, eu espero que neste novo ano, eu consiga encontrar, metade dos poetas que desejo, pois imagino que um encontro de blogueiros poetas, seria o máximo de emoção e abraços.

carinho, Iara.

Não prescindo de ti, lembra-te disto.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 28 de dezembro de 2008 às 20:45

Olá, Cecília.

Eu te agradeço e espero que neste novo ano, estejamos mais próximas.

Carinho, sempre.

Sueli Maia (Mai) disse... @ 28 de dezembro de 2008 às 20:46

Olá, Poeta.

São tão lindas as palavras que escolhes para comentar, que poemas versos, e não simplesmente comentas.

És mesmo um grande poeta.

carinho, sempre.

Anônimo disse... @ 8 de novembro de 2009 às 15:38

Mai,

Não preciso dizer do quanto gosto de estar por aqui... mas quero dizer do quanto aqui eu cresço.
Tuas palavras são regadores, e também nos fazem abrir algo por dentro, remexer a terra, inquietar, e é sol a fazer refletir.
Lembro que meu primeiro post no blog foi justamente sobre o quanto se deixa de valorizar o simples, a cultura que vem do povo, a sabedoria popular; mas me referia mais à palavra, à linguagem...
Aqui tu aprofundaste até tocar a alma deste pormenor imenso que nos deveria preencher de perguntas todo o tempo, em que a procura das respostas fosse justamente essa experiência que tem a metáfora da árvore.

Mais uma vez, só posso agradecer pela experiência que é ler as "tuas" folhas.

Despeço-me com uma citação da Fernanda Young, que uso como vestido de pele:

“O problema é que quero muitas coisas simples, então pareço exigente”.

Um beijo, e minha imensa admiração.

Katyuscia.

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