relógios vermelhos
Por Sueli Maia (Mai) em 5/21/2009Olhar passageiro no ônibus, espreitando relógios de todas as pressas e cores. Capacetes de ponteiros agressivos voavam nas ruas, postados em motocicletas. Posto, agora, no asfalto, o sangue de trânsfuga, que em moto jazia com as rodas, girando no ar. Olhar passageiro sem voz, descendo com líquidos olhos focados, nos relógios vermelhos do ônibus, congelando o motociclista. Sem pressa a órbita mel, espreitava a vida, passageira do tempo e da pressa. Quantas vidas caberão apressadas, nos relógios vermelhos?
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Imagem Google
15 comentários:
eita tempo!
capaz de nos tornar primeiros ou últimos, a chama do nosso dia...
um ponteiro
que inicia a vida
um ponteiro
que dói
quando não temos saída!
Mai,
carinho imenso.
saudades muitas,
super beijos!
se apresse, é q a vida não tem cabimento a tempo!
Mai, beijoca!
hoje mesmo eu comentei lá no escritório que o tempo é inimigo da vida. e moram juntos, na mesma casa. pense na guerra...
Boa noite Mai,
Hoje tive um sonho estranho com você. Eu era banca examinadora para a contratação de professor de teoria literária, e coloquei diante dos candidatos dois quadros, um do renascimento e outro do início do barroco. Sem mencionar os períodos pedi que os distinguissem em linguagem poética e explicitasse suas diferenças quanto aos sentimentos que provocavam (de onde roubei os quadros não sei). Você estava muito brava comigo! e dizia que fiz aquela questão sabendo que não se adaptaria ao seu estilo literário.rs
Hoje achei um lindo blog: chama-se "As Vozes da Minha Alma" - http://janainakarina.blogspot.com/ - gostei de lá! Acho que vale a pena visitar. Mas não se enciúme adoro o seu. Boa noite. Durma com os anjos. Domingos.
*--*
OLá Mai, sei la´, mas parece que você assistiu a um acidente...
Quantas vidas caberão apressadas, nos relógios vermelhos?
Eita que decifar escritos é coisa para malucos...rsrs
É que ontem na volta do trabalho presenciei um acidente, o mais chato é que era uma ambulância com um outro carro, talvez por isso a idéia...a comparação...nem sei...
Li o Mareante também, ficou muito bom...
Um abraço na alma...bom fim de semana
Por quanto "tempo" ainda acharemos que somos capazes de ajustar os "relógios", fazendo nossas próprias "horas"? O mundo gira, sem pressa. Dentro dele, somos cabecinhas miúdas que fazem tic-tac-tic-tac, numa sonoplastia infernal. De tanto correr, trocamos a morte pela vida. E, sim, visualizo aqui o relógio vermelho.
Li várias vezes seu texto, pra pensar. Gosto das suas letras que sempre mexem comigo.
Beijo!
A vida, a pressa, a morte e o dia-a-dia, repetindo-se sempre, num tic-tac.
bjs
A cada minuto tragado, uma gota de sangue caí por uma vida que se perde.
E com horas caem exércitos.
Com anos caem nações inteiras.
Os morituros permanecem, muito embora cambaliantes.
O arqueiro da flecha ferina fecha os olhos e faz o céu virar negro, sem pena.
gostei :o *
O tempo, nosso algoz muitas vezes. E a pressa é a inimiga da perfeição, não é?
Beijo de saudade de vir aqui!!!
Bom final de semana
Os relógios cegam quem pode fazer. Você, eu, todos. O tempo é o que temos, depois o vento soprará sem saber de nós. Restará no ceu infinito um ponto azul perdido e o vermelho terá, de todo, desaparecido.
Um beijo.
Ah, estou envolvida por esse vermelho de suas palavras...lindo!!!
bjos em teu coração lindo!!!
Carinho imenso!
"Durante muitos anos
esperamos encontrar alguém
que nos compreenda,
alguém que nos aceite como somos,
capaz de nos oferecer felicidade
apesar das duras provas.
Apenas ontem descobri
que esse mágico alguém
é o rosto que vemos no espelho".
obrigado pela visita, ao meu blog te espero sempre
um beijo
Somos nós que insistimos em determinar a pressa da vida, o inevitável do tombo, o esquicho do sangue da vida escoando no asfalto quente da insensatez dos civilizados.
Aposentados andam nas ruas com a velocidade, tensões e ansiedades que determinaram seus ritimos de vida durante, trinta , quarenta anos.
Hoje libertos dos compromissos e do trabalho, comtinuam escravos da "responsabilidade" pretérita, sem nenhuma consciência que ela não existem mais.
Precisar ser velozes para sentirem que ainda continuam vivos.
Que desgraça!
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