recapitulados
Por Sueli Maia (Mai) em 1/18/2010
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Vão como voltam as ondas, os ventos e assim como o tempo, a história retorna recapitulada. Estrondo, escombros, silêncio e dor recorrentes nos ciclos. Reincidem os raios, os fachos, os feixes e em meio às fendas renasce alguma esperança. Há ditos, adictos, há ecos, há mãos e do inesperado - o amor...
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Imagens Google:
55 comentários:
Oi Mai,
Achei fantástico o seu comentário no Desmanche, concordo com tudo, e assino embaixo de cada linha que vc escreveu. Digo mais, vc foi muito além da nossa proposta inicial para esse post.
Eu costumo questionar muito a racionalização e racionalidade do mundo em que vivemos entende. E quando falo dessa era cibernética, que parece ser o ápice da racionalidade, vejo nela também situações absurdas, bizarras, inuteis, e irracionais, que tento retratar com seriedade e sarcasmo ao mesmo tempo. Mas quando paro para pensar no tema, ou até mesmo através dos meus comentários, percebo que ele remete a todas essas questões de vc colocou, alem das questões suscitadas por outros comentadores. E como vc bem disse, o cerne reside também em nós humanos, na inconsistencia e na instabilidade dessa nossa racionalidade, que sempre vem acompanhada de uma parcela de irracionalidade e de poder destrutivo.
A internet é uma dessas coisas que criamos, e que desperta o que existe de melhor, mas também o que existe de pior nas pessoas. Talvez tudo o que existe e seja intermediado por seres humanos seja assim. Provavelmente é. Sendo assim, mundo real e mundo virtual, talvez sejam ambos a mesma face de uma mesma moeda, onde temos que nos esquivar das mediocridades, da irracionalidade, da mentira e da miséria da teoria.
Mas vc Mai, vc representa o lado bom da internet, o lado que nos ensina, nos acrescenta, nos torna melhores e mais sábios, nos faz aprender e nos desperta novos questionamentos. Seus comentários são certeiros e nos fazem pensar e repensar sobre aquilo que escrevemos ou até mesmo além disso. Eles nos ajudam a formular e reformular nossas idéias, propostas, e nossas opiniões. Nós jamais desperdiçariamos esse lado bom da internet.
E do "alto" dos meus vinte e poucos aninhos, dessa minha pouca idade que me faz misturar teoria e "mulecagem", que é povoada de ímpetos, exageros e inexperiencia, que as vezes se perde na agressividade e numa defesa muito rígida e pouco maleavel, é essencial que existam vozes como a sua, que trazem maior experiencia, maior vivencia, serenidade, e uma visão madura e multipla das coisas. Só eu sei o quanto reconheço e respeito isso, e o quanto sou grato por esse respeito ser recíproco.
Se tem uma coisa que me anima a continuar esse blog, é a presença de comentadores como vc, pq com vcs eu aprendo. Aprendo na teoria, e aprendo a como me conduzir também.
Não precisei viver muitos anos para descobrir que as vezes preciso escutar mais do que falar, e é essa a minha atitude diante de alguns comentadores como vc.
Adoramos vc!
Abraços e Aplausos pra ti.
Grande é a nossa admiração.
Mai;
Caramba,... como tão poucos palavras podem exprimir todo o sentimento humano perante as adversidades que chocam nossas mentes!...
Se não fosse referente ao que recentemente se passou no Haiti e a parte da sua martirizada população, diria que esta crónica trágica é bela demais,... com todo o respeito pelas vitimas.
Mai, andei um pouco afastado, mas nada pessoal e sim ocupação redobrada como em todos os ínicios de ano devido à preparação de várias exposições.
bjs,
Osvaldo
Lindissimo Mai !!
voce faz disso algo magico e real ....
estou adorando conhecer seu rosto !!
agora meu dashboard mostrou seu post .
ta vendo !!
e so reclamar !!
beijos !!
Que o amor possa ser resgatado sempre, dos escombros, das ruínas, dos restos. Amor que resgata, amor resgatado - amor que salva.
Beijo, Mai!
E ainda há pessoas sendo resgatadas, acreditando que ainda podem.
Beijinhos
...dos escombros eu colho uma flor cinzenta, dos escombros colho as tragédias, colho a pétala teimosa que não quis se desprender dessa haste pobre e hornada de viver... dos escombro eu colho uma rosa, rosa rubra e amarela, rosa branca e singela que tange cada grito meu, essa cólica humana, esse edifício quebrado que não quebrou minha gana, nem me cunnhou na lama, nem me esfarelou em poeira, pois, essa rosa é de aço e carne, é de fogo e lágrima, é de dor e de ciranda, aqui, quem anda, é o vento, é o vento, é o vento...
Estrondo...escombro...silêncio...dor...raios...ditos...ecos...fendas...amor.
Raios...fachos...feixes...esperança...amor.
A história retorna capitulada...ciclos...amor.
Acredito que tudo é passageiro, não porque acaba, mas porque está em constante movimento, passa, vai, volta...ou não. Poucas coisas nessa vida podem ser uma constante, a própria vida é uma delas, vida, aliás, que podemos também chamar de amor. Amor com letra maiúscula. Li outro dia num lugar que o amor (esse com letra maiúscula) não é um sentimento, é uma decisão. Algumas decisões tornam-se uma constante porque à medida que são confirmadas a cada segundo acabam tornando-se uma filosofia de vida. Aliás, mais que isso. Tornam-se naturais, automáticas como respirar. Acabam virando uma questão de sobrevivência.
Lindo post, querida. Emocionante. Bjs.
me conmovió este hermoso y triste escrito.
un abrazo
Às vezes o inevitável volta.
De outra forma.
E o melhor é que há a possibilidade de voltar para ficar.
Um beijo, Mai!
Está sumida!
Apareça, por favor!
É, o amor é daquelas plantinhas persistentes, que nascem em qualquer lugar, nas horas mais inesperadas e inoportunas, surpreendendo nossos corações, quando já achamos que nada mais pode brotar. Ele mostra que sempre pode!
Um beijo, Mai!
Muitas vezes fico a acreditar que a vida é feita mesmo de ciclos, e muitos vão e volta...talvez para testar a nossa aprendizagem diante das situações.
beijo
Que o amor seja sempre sobrevivente...
mesmo quando sem corpo.
Um beijo, em comunhão.
Tenho gostado mais das tuas palavras. A intensidade dos sentimentos que manifestas estão a exigir esse desvelo para com as palavras. Não basta dizer sentimentos, é preciso dizer PALAVRAS. Parabéns.
beijo
... há mãos e... o inesperado - o amor!...
Céus Mai, você é dose, acerta sempre no ponto mais frágil... ou mais forte...
e... re-capitulados, os que são arrancados à morte. E se para alguns recordar é viver, para outros, como estes, recordar será certamente morrer um pouco de cada vez!
Como sempre, amei o que escreveu!
Beijo
eu acredito
São os ciclos da vida que todos estamos presos, ainda que pensemos que temos mão na nossa vida não temos, que dominamos a natureza, não dominamos, somos pobres seres cheios de orgulho que tudo julgamos saber mas nada sabemos, no fundo só o amor que podemos dar uns aos outros vai ficar na alma, tudo o resto nos é retirado
beijinhos
Vc escreve tão bem que em poucas palavras consegue sintetizar uma profusão de sentimentos.
Parabéns!
Querida Mai,
A síntese das suas palavras dizem mais que todas as imagens expostas pela mídia que canibaliza as mazelas alheias...
Teus escritos, tão sensoriais e sensíveis, tão poéticos e sinestésicos, verbalizam a realidade que a vida nos expõe.
Beijos.
Genny
A sempre fascinante Mai! COmo está bela? As palavras versadas com a dosagem cverta de mel. Eu volte depois de exatos quatro meses. beijos saudades >D ótima semana
hm... to absorvendo ainda
Querida Mai!
Tuas palavras sempre belas... A expressão minuciosa e perfeita de nossos sentimentos. O Haiti - um quadro triste. Mais triste do que possamos imaginar...
Beijo
Tocante, minha querida, muito tocante. Beijos.
Na vida há o imponderável e não há ciência que possa contra os desígnios da natureza. Cheiro.
Belíssimo, Mai!
O amor brota sempre inesperadamente, mas você o colocou numa situação presente, onde o tempo e o contra-tempo brincam ou divisam nossas mentes.
Fantástico
Beijos
Mirse
Olá :D Mai. Tudo bem? Como vai tudo?
Não tenho tido tempo para escrever. Agora so vejo frequencias, trabalhos, frequencias e mais trabalhos pela frente. Gostava de voltar a ter um tempinho para mim mas, não dá. Não consigo. (ando sem inspiração)
Beijinho*
As ondas nos levam inteiros e nos devolvem à areia em vários quartos isolados.
Mas tudo é muita história vivida.
Lindo, amiga, obrigada por tudo!
Caramba Mai, sua postagem nos remete aos ecos, as ondas e ao recomeçar, pegando carona novamente nos ventos e claro, se necessário for, mudando a rota, as paisagens, o tempo e o modo...
Adorei o primeiro comentário...tão profundo de boas palavras e humildade, tão intenso de boas impressões e verdades...tenhocerteza de que foi um presente para seu dia...rs
Bom...
Vamos a parte colada...rs
Mudando de assunto, eu agora te convido a participar do aniversário de três anos do Verseiro, no dia 26 de janeiro.
A idéia é que cada um que queira participar, faça uma postagem colocando uma foto sua quando criança ou adolescente junto a irmãos, primos ou amigos e conte alguma passagem de sua vida nessa época, alguma travessura, algum fato que marcou em sua memória de forma alegre, engraçada...rs
Vamos comemorar e sorrir juntos...
Conto com sua presença, mas fique a vontade quanto a fazer a postagem ou não ok...
“O passado não reconhece seu lugar
Está sempre presente”
Mário Quintana
Um abraço na alma...bjo
Hoje o 1001 poemas chega a postagem 100. Vim te agradecer pelas visitas e pelas palavras generosas. É muito bom ter a tua companhia. Beijo e obrigado.
tanta dor (chega ser irreal).
É também pouco poético, mas não há o que não se possa "poetar".
Lá, a existência se sucumbiu ao instinto. O instinto de não ser extinto. É provavél que ainda haja algum lampejo de humanidade nas pessoas (e não estou falando dos que se prestam a ajudá-los, e sim, dos próprios haitianos que pela conjuntura se tornaram animais).
Há humanidade sim, mas por enquanto, ela está envolta aos escombros de uma dor que, como dito anterioremente, chega a ser irreal.
E o que me dói mais é constatar que lá, antes da fatalidade, já havia motivos de sobra para o rompimento à humanização.
E agora a corda se rompeu.
Resta ao mundo, tentar emendá-la.
Mai, bela-triste postagem.
abraço forte.
Mário Liz
...voce se revela
muito muito mais
no que não escreve
mas precisa escrever
pra se revelar
e nos fazer velar...
meu lance é a música
acho que vou
muito mais por ela
e com ela(já me ouviu?)
a poesia é um
sub-produto dela
aquilo que não
entra em música
mas teima em se(me)
expressar então
eu mando ver
mas lendo tuas coisas
me dá vontade de
poder dizer assim
pela letra que
não se beneficia
do som silêncio
e compasso...
talvez seja pretender
de mais, a música
já me leva muito longe
e rege meu passo
mas tem um capeta
que me atenta
e vive dizendo:
guru, tenta, tenta!!!
e ele berra
quando leio teu entremeio
não é elogio é verdade
uma bela verdade eu sei
feliz de mim poder dizer
mas quem sabe te lendo
eu venha aprender?
escrevo sem medir
mas te lendo
me pego a pedir
me sinto um mendigo
um pidão
já me senti muitas vezes
assim na musica
mas na poesia ainda não
voce é danada
cutuca meu capeta
com vara curta!!...
bj
O amor nasce mesmo em todos os lugares e aqui, em tuas ruas de versos, Mai... eis que surge meu mais grandioso amor e carinho por ti!
(depois quado puder, passe lá em casa.... tem algo pro nosso menino! Hoje é dia dele! beijos)
E que nessa hora o inesperado seja algum alento, pois precisam eles e precisamos todos.
Algumas coisas não deveriam ser recorrentes - uma pena!
Boa proposta para reflexão, minha cara.
Beijos
Só resta reconstruir o que sobrou. O teu jeito de dizer é magnífico! Beijo
Pois é, Mai,
no final de tudo, o que fica é a atitude (mais que sentimento)...
o que fica é a atitude de amar e se deixar amar, apesar do que acontece. Isso é bonito.
Bjs
Há a propaganda que diz que só o homem vê beleza em poluição. A verdade é que só o homem consegue transformar a desgraça em beleza. Fato.
Até agora foi a coisa mais bonita que li a respeito.
E mais realista.
Tanto quanto a expressão no rosto desse menino - de inebriar e inebriar com sentimentos diferentes.
Obrigada.
Linda Mai tão suave nas palavras que retratam a dor e o egoismo humano. Tens um dos dons mais nobres que existe no ser humano, a escrita que vem da alma para nossas almas...Consigo captar sem alterar o meu humor e sentimentos.
Minha viagem está sendo linda e perfeita, estou feliz flor. É ai que entra os paradox do avesso ao avesso, da contradição da humanidade, entende o que digo?
Beijos de luz!
amiga, amigona d'infãncia, voltei a postar!!! amiga, querida irmã da mesma tribo espiritual, amada, o sol nasceu.
O SOL NASCEU!!!
olá! tudo bom?
o amor sempre ressurge né,é entre os escombros que conseguimos o achar..ele sobrevive a tudo...
... e as rosas do deserto..., lembra sempre de tudo não é :))
e eu vim p'ra lhe dexar um beijo.
Inspira-me oh fonte de luz!!!
Jefhcardoso a conhecer os mundos de blog em blog>>
http://jefhcardoso.blogspot.com
salve, mai, que como um prófugo pródigo, volto a essa casa, de ondas de ondas de refrações estrelares, sismos de há-fetos, nascendo do inesperado, no terceiro-mundo, dejeto, lixo de ricos, narcísicos, projetos.
beijos
luisdelamancha
This is so sad !! I really appreciate that you wrote for them !
Obrigada por teu carinho Mai.
Feliz domingo.
Beijo.
Salve,mulher!
Te aplaudo no fã-clube!
Você é fera!
Não sabia muito bem o que comentar porque estava entre o oportunismo literário e o senso comum midiático. Bom, só desejo que Deus abençoe os homens e que os homens abençoem as oportunidades. Beijos.
Eu fiquei inebriada por tais palavras. Soou como um eco em meus ouvidos, repetindo por longo tempo.
Belo texto.
Ainda resta a esperança!
Beijos
Perfeitas linhas!
Muito lindo e profundo.
Um país que vivia em constante ódio e guerra, hj deixa as armas de lado e junta as mãos, pq sabem que só assim , todos em união haverá a reconstrução.
Linda postagem.
eu passei por aqui, eu fiquei por aqui. a história se colhe por fragamentos. é preciso ter olhos para ver. você tateia com o olhar.
O filósofo Walter Benjamin, que se suicidou quando estava a fugir dos nazis, escreveu: a história humana é uma longa crónica da desolação.
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