Inspirar-Poesia, um segundo sopro

Blogagem Coletiva - Inclusão Social

Por Sueli Maia (Mai) em 3/09/2009
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.
Ruídos da intolerância...
O Grito das minorias

Ele grita: - Olha a pilha... Olha a pilha...
Um real é um real
Empilha papelão e papel
defende o pão nosso
Empilha seu pão
todo dia...
Outro grita - meu Cristo
na cruz ou no céu
Vem aqui estou ‘Cristo’ também
Crucificado sem trabalho e sem fé...
Minha sombra está nas ruas
sem luz e na amargura...
*

O barulho dos loucos

Eles gritam o que só eles percebem
Todos clamam...
Uns deliram, outros alucinam sua dor...
A maioria, também loucos,
preferem não ver ou ouvir
a exclusão e o grito
de um e outro...
*

Os Sons dos ‘surdos’

Chaleira chiando
Chinelos chegando
O choro e a chuva
O sino das seis
O ronco da fome
Canto de um pássaro
Toque dos lábios
Latidos ao longe
Vento que varre
O som das águas
Copo que cai
Porta que bate
Gaveta que abre
Caneta que roça o papel
O zíper abrindo
O som da sua respiração...
*
Aqui e distante há sons da exclusão Social...
...
...

37 comentários:

Ester disse... @ 9 de março de 2009 às 02:45

Querida Mai..

verdade que é impossível falar de inclusão sem falar de exclusão, e a exclusão social é o que salta aos nossos olhos,
está diante de nós nas ruas, em cada esquina,
as palavras são fortes, mas não tanto quanto a realidade das classes minoritárias,a realidade é surreal, as dificuldades imensas,

mas que não nos falte as forças para continuarmos gritando, e que o nosso grito incomode os ouvidos daqueles que detem o poder de mudanças,

acredito que o debate aberto é a melhor maneira para chegarmos a um denominador comum e construirmos pontes para novas mudanças,

nao podemos desistir e nem parar..

Obrigada querida amiga, por sua contribuição nessa blogagem que está sendo um marco em minha vida!

beijos no coração,

Fabiano Rabelo disse... @ 9 de março de 2009 às 03:40

gosto muito de vir e voltar aqui! você sabe disso.
enfim... linda a sua abordagem sobre inclusão... falar da minorias é quase burgues, a não ser que você fala do chão, pisando em terra firme; sentir como sente o rejeitado; gritar o grito excluído, seja excluído por alguém ou por uma sociedade. muito bacana mesmo... parabéns

beijos e beijos, querida!

Osvaldo disse... @ 9 de março de 2009 às 04:26

Oi, Mai;
As desigualdades, as indiferenças, a fome em países "onde tudo que se planta, dá...", a violência e morte em nome de Sêres Supremos, a escravidão dos mais fracos, a dor dos oprimidos, a tudo isto a Mai tentou os reconfortar com este poema doce de ternura mas com revolta de pessoa de bem...

Que bom seria que escravagista e escravos da condição humana e os falsos defensores dos Direitos da Humanidade, pudessem lêr este seu poema/revolta.

Obrigado Mai, por sua sensibilidade e seu Humanismo.

bjs
Osvaldo

SILVANA PEDRINI disse... @ 9 de março de 2009 às 07:40

Mai, muito linda sua abordagem através do poema. Os crucificados, exclusivos, que ainda precisam ser ouvidos pela sociedade.
A inclusão deve acontecer, nós somos agentes de mudança. Cada passo nosso para que isso aconteça é uma grande evolução.
também fiz meu texto sob o olhar de um deficiente fisico, passa lá no blog e verás.
Beijos e boa semana.

Plenitude do Ser disse... @ 9 de março de 2009 às 09:11

Adorei seus blogs. Bjs

Paula Barros disse... @ 9 de março de 2009 às 09:37

Mai

Vim do blog de Élcio encantada com a criatividade e expressão dele. Chego aqui e fico extasiada, vocês tem um valor literário que admiro demais.

Alia a a dureza da realidade, o grito dos excluídos, de forma poética e criativa.

Uma beleza!!!!!

Um beijo especial.

Cecília disse... @ 9 de março de 2009 às 10:06

Mai, perfeita sua abordagem, principalmente ao falar dos excluídos.
Adoro a forma como você escreve, é sempre muito bom te ler!!!!

Beijão!!!
Tenha uma ótima semana!!!

Anônimo disse... @ 9 de março de 2009 às 10:17

É quase como sentir na pele o abandono.
Se todos sentissem assim dificilmente precisaríamos fazer apelos para que todos fossemos tratados como iguais.

Muito sensível

Compondo o olhar ... disse... @ 9 de março de 2009 às 11:08

bela abordagem!! adorei seu jeito de se expressar. parabens!!!


abraços

Christi... disse... @ 9 de março de 2009 às 13:14

Essa poesia que pesa, que sonda, que ferve, que ronda, que fala, exatamente o que se vive.

Lindo post, dizendo em formas tão verdadeiras, o que é a questão social.

Beijos,
Chris

Bruna Isidoro Sampaio disse... @ 9 de março de 2009 às 14:37

Olá Mai...

Quem sou e o que são meus textos, reflexívos são os seus, um pé na fantasia de um mudo encantado, outro na realidade dos dias tristes e difíceis.
Pura poesia de ótima qualidade!

Grande beijo

Cristiane Marino disse... @ 9 de março de 2009 às 16:27

Olá!

Que maravilha encontrar seu blog!
Que texto belíssimo e reflexivo eu fiquei emocionada. Não há hipocrisias, estou abrindo os olhos para muitas coisas com essa blogagem!

Se puder me fazer uma visita! também estou participando da blogagem coletiva!
Beijos

Mateus Araujo disse... @ 9 de março de 2009 às 16:51

AhhhH Maiiii invejeiii!!!
eu quería tanto postar uma poesia para a blogagem assim mais nada me veio =/
ficou show (Y)
BJImm

Anônimo disse... @ 9 de março de 2009 às 16:56

Mai,
Sem união as coisas se tornam bem mais difíceis. Bela e justa a causa!
Obrigada pelo carinho e pelo link!

lula eurico disse... @ 9 de março de 2009 às 17:27

Gosto qdo tratas um tema dessa forma. Essa poesia telegráfica e potente em cada verso, em cada palavra tem muita força expressiva. E te acho isso mesmo: expressionista. Parabéns pelo texto.

Márcio Ahimsa disse... @ 9 de março de 2009 às 17:49

E seremos inclusos num mundo onde tudo é dispersão... Dispersão da condição de humanidade...


Beijos, querida.

Maria Dias disse... @ 9 de março de 2009 às 18:16

E Muitos preferem fecham os olhos...

Adorei a poesia no grito!

Beijos Mai!

Cris Animal disse... @ 9 de março de 2009 às 18:39

Mai, minha Querida...voltando ao blog e lendo um texto tão cheio de nós, de verdade, tão sofrido....
Sabe, comento sempre que seria tão fácil se olhassemos nosso semelhante como um IGUAL. Simples assim. Igual ao meu passado, presente ou ao meu futuro. Meu irmão. Isso seria a cura de todas as feridas.
Um beijo grande pra vc
...............Cris Animal

Mari Amorim disse... @ 9 de março de 2009 às 19:12

Olá,
adorei seu texto,
estou participando da blogagem coletiva,
ficarei feliz com sua visita
beijos no coração
Mari

D Z disse... @ 9 de março de 2009 às 19:19

Oi Mai,

Muito bacana a idéia de blogagem coletiva para abordar um tema que precisa ser pensando com tanta urgência... Pensado, discutido e, principalmente, serem tomadas atitudes concretas por parte de todos...

Enquanto lia seu texto ouvi sons, criei imagens... Lindo...

Tenha uma ótima semana!

Bjssssssssss

Dany

Unknown disse... @ 9 de março de 2009 às 20:05

Muitas vezes pergunto como que simples atos de verdade como foi desempenhado pela Ester, nos faz entrar nesse mundo magico de verdade; esse mundo que ao mesmo tempo falamos de algo serio, encontramos novos amigos, novos conteudos. Isso se chama mudança, isso é incluir na sociedade, mostrando o que somos capaz. E hoje ao ler seu conteudo deparo com varias suspresas como essa, que faz eu parabenizar a vc.. pelo excelente trabalho...

Continuemos....abraços

Anônimo disse... @ 9 de março de 2009 às 21:29

Ôpa! Parabéns pelo texto. Sem dúvidas um dos melhores que li nesta blogagem.

Abraço.

Anônimo disse... @ 9 de março de 2009 às 21:43

Tô seguindo fielmente a lista e me deparei com essa bela e provocante postagem !
Continuo ouvindo o som ...

:.tossan® disse... @ 9 de março de 2009 às 22:41

Emocionou-me este teu segundo escreto. Beijo

PS:As «exclusões» são de uma forma geral, dificuldades ou problemas sociais que levam ao isolamento e até à discriminação de um determinado grupo. Estes grupos «excluídos» ou, que sofrem de exclusão social, carecem assim de uma estratégia ou política de inserção de modo a que se possam integrar e ser aceites pela sociedade que os rodeia.

Anônimo disse... @ 9 de março de 2009 às 22:54

E assim os sons dos ignorados, os gritos da sarjeta e da margem - com seus marginais - ecoam em nós às gargantas.

Opressor, Mai.

M. Nilza disse... @ 9 de março de 2009 às 23:04

Arrasou Mai!!

Formar um linda poesia com um tema assim é algo muito legal!

Beijos

Café da Madrugada® Lipp & Van. disse... @ 9 de março de 2009 às 23:45

Mai, querida!
Adoramos sua abordagem e a estrutura do texto! Obrigada também por ter nos visitado.

Eu e Lipp adoramos seus comentários.
E ficamos muuuito felizes mesmo com o que disse. Nós comentamos por prazer e pela maravilha que é ler coisas edificantes. Assim como suas palavras.

Nossa trilha sonora é linda né? haha. Lucky é uma musica que me deixa muito feliz. Parece 'completa'. E na verdade é. Um homem e uma mulher cantam, falam sobre amor, e quer coisa mais completa que a voz desses dois que "se casam" numa sintonia e harmonia perfeita! Não é? rs.
Eu gosto muito e que bom que vc tbm tenha gostado!

Mas e você, como está flor?
Ta td bem?

Boa noite viu?
Linda e articulada tua poesia!
Beijos, Van.

Paulo disse... @ 10 de março de 2009 às 00:01

Olá Mai,

Linda poesia que expressa a realidade cruel, temos que ter a esperança de que esses sons sejam ouvidos por novas consciências geradas pela educação, amor, sensibilidade....É um sonho bom!

Brilhante como sempre!

Flores, querida amiga!

Anônimo disse... @ 10 de março de 2009 às 01:05

Mai, perdão por ter sumido. Saudade de ler seus textos, sempre muito bons. =)
Atualizei meu blog, finalmente me veio uma inspiração, não que tenha sido das melhores ou que as pessoas irão gostar de ler, rsrsrs.
Obrigado pelo carinho. Bj

Fulvio Ribeiro disse... @ 10 de março de 2009 às 02:57

É precisamos agir...!!!
Otimo texto, Parabéns.
Fulvio

Quintal de Om disse... @ 10 de março de 2009 às 09:13

Querida Mai, tão brilhantemente retrataste uma realidade que infelizmente salta aos nossos dias diariamente.

Mas eu, como vc, como tantos outros, esperamos e sim, um dia veremos mais humanidades entre nós mesmos e isso de inclusão social, não será mais a ser um pedido. Será uma realidade.

Parabéns, linda!

Anônimo disse... @ 10 de março de 2009 às 11:28

Mai, que essas vozes, que esses sons, possam ser ouvidos. Parabéns pelo post!

Mírian Mondon disse... @ 10 de março de 2009 às 22:48

Parabens Mai! O som da exclusão é o som que nao deveria existir, mas existe e está incomodando.

Muito bom!
Abraços

Tentativas Poemáticas disse... @ 11 de março de 2009 às 06:22

Olá querida amiga Mai
Que saudades! Vim ler o seu poema relacionado com o Desafio lançado pela querida Ester. Também participei.
Li o seu poema - não sei se a sua intenção foi essa - como um desabafo de raiva de alguém que vai na Avenida gritando para um e outro lado da mesma e sem ninguém lhe ligar. É um poema pequeno mas com uma carga de revolta muito grande: intenso! Parabéns!
Tenho na lapela do meu humilde blogue um selinho: Prémio Tentativas Poemáticas (azul) que também é seu.
Um beijo com muito carinho.
António

LiLi disse... @ 11 de março de 2009 às 10:38

Quantas mensagens!!!!
Parabéns!!!
=)

Vanessa Anacleto disse... @ 12 de março de 2009 às 08:58

Mai, bela participação na coletiva. Ainda não consegui visitar todos os participantes mas estou tentando e aproveito para convidar a participar escrevendo ou visitando para a Coletiva O Filme da minha Vida.

abraço

Eduardo Santos disse... @ 14 de março de 2009 às 21:34

Olá amiga. Venho de longe, atravessei o Atlântico, mas cheguei para ver mais um trabalho de uma companheira da Inclusão Social. Bonito o poema, uma abordagem nobre de um assunto que deve preocupar todas as pessoas de qualquer país.Gostei do seu espaço, parabéns. Tudo de bom amiga e até breve.

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