Inspirar-Poesia, um segundo sopro

anunciata, fogo e água

Por Sueli Maia (Mai) em 8/29/2009
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O fogo está calmo e calma é a pele anunciata que suporta, a chama e o calor dessa chama. E chama tem calor que derrete e derrama em sangue e suor, fora ou dentro. E dentro o sangue bombeia, é fluido da vida e a vida é chama que arde no fogo que há dentro. E dentro, há vida e o fogo e a vida estão calmos. Calma, procuro o emprego correto das coisas, procuro emprego das coisas corretas na calma da vida e as coisas corretas do tempo e do verbo, no tempo correto do verbo. E o vício da posse que dentro ou fora se pensa que pode deter, um dia escapa e tudo, um dia escapa. E a pele sem viço no vicio da posse, aflora em dores na pele e há pele que ganha ao se dar e é assim que se perde ganhando. E ganhando a posse da vida é que o fogo acalma e a alma que não mencionei tem a calma e a idade do céu e assim como água de aquário, está limpa, está calma, está clara e a chama está viva e calma.
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Música: Song for you

21 comentários:

Unknown disse... @ 28 de agosto de 2009 às 22:59

Oi Mai, valeu pela visita e pelo comentário!! Show de bola teu blog, parabéns...um forte abraço do Diemer

Márcio Ahimsa disse... @ 28 de agosto de 2009 às 23:56

hum... como água de aquário e sei que eu sou, pois sou esse eólico estigma de mim mesmo... Mas cá conosco, digo, eu... Bom, sobre a pena, sabe, leve dos imortais. Eis a coisa toda: és tu,sim, tu que és essa pena leve, Mai querida, estou eu mais para tijolo que rabisca sonhos num chão de giz. Cá comigo penso, que coisa maravilhosa saborear as palavras de minha amiga, tanto as que aqui degusto, como as que ela me deixa de presente no paladar de minha casa.

Beijos, querida minha.

Adriana Riess Karnal disse... @ 28 de agosto de 2009 às 23:56

"calma, tudo está em calma, deixe que a alma tenha a idade do céu"...lembrei dessa música, muito bom,Mai.

byTONHO disse... @ 29 de agosto de 2009 às 00:53

Opa!
Lindo, MAIoral!

Bjs!

Germano Viana Xavier disse... @ 29 de agosto de 2009 às 01:11

Texto-caleidoscópio.
Prisma de luzes refratárias.
De ângulos obtusos.

Meu carinho, Mai.
Sigamos...

Macaires disse... @ 29 de agosto de 2009 às 02:25

Oi, Mai

Adoro seu jogo com as palavras!
Quando leio seus textos, vou num fôlego só, estabeleço sentido sem pensar, apenas decodifico sem interpretar, deixo que o sentido se estabeleça aos poucos, e muitas vezes, alheios ao que queres realmente dizer.
Essa é a magia da escrita e da interpretação, a qual nos permite atribuir diversos sentidos às mesmas palavras!!!

Beijos e que a chama desse texto nos aqueça todos!

_Sentido!... disse... @ 29 de agosto de 2009 às 03:31

Ah!... que bom passar aqui, nesta hora da manhã! Acordei gulosa, suguei toda a calma/vida daqui!
Amei, Mai!
Beijo!

BAR DO BARDO disse... @ 29 de agosto de 2009 às 07:25

entre perdas e ganhos, um "e"

e assim você vencerá
na perdição

amém!

(felicidades, mai!)

Elcio Tuiribepi disse... @ 29 de agosto de 2009 às 08:56

Oi Mai...a principio, só de ler o título, pensei em chamar um bombeiro, mas logo depois vi que a calma impera apesar de estar procurando o emprego correto das coisas no tempo correto da vida...Tudo tem sua hora, basta mante a chama branca, calma e clara da esperança verde...
Um abraço na alma...bom sábado para você...valeuuu

Abraão Vitoriano disse... @ 29 de agosto de 2009 às 11:44

Mai,
a vida é chama e de melhor qualidade... e corre sob o efeito da paixão de viver, de aprender, de ser mais e feliz...

e te gosto
e muito,

do seu menino-homem-em-fogo...!

olharesdoavesso disse... @ 29 de agosto de 2009 às 13:53

e nos chama... "calma e a idade do céu" Beautiful bela, beijos

Dani Pedroza disse... @ 29 de agosto de 2009 às 19:51

Pronto, agora voltei com calma, pus a leitura em dia e tenho tanto a dizer que acho que dessa vez vc me expulsa daqui... rs... é, amiga, vc não é a única verborrágica... Mas vamos por partes...

Lembro que a primeira vez que li um comentário seu no blog do Léo pensei: “aí está o tipo de pessoa de quem eu gosto”. Não digo gostar como eu gosto de coisas brancas de bolinhas azuis ou de jujuba laranja, digo gostar como eu gosto do entardecer, do mar, do sorriso de uma criança. Aquele tipo de encanto que a gente sente pelo desconhecido, pela promessa, pela intensidade. É uma das poucas verdades da minha vida, uma das poucas certezas que tenho a meu respeito, eu gosto de gente, ponto final. Gente que sente, que chora sem motivos por entender que a vida em si já traz implícitos milhões de motivos pra fazer nascer rios de lágrimas, gente que se envolve, se enrosca com o outro, se perde e se acha, gente que sente saudade. Eu gosto de quem não tem pudor em ser humano e por isso mesmo ridículo, pequeno, completamente patético e com tudo isso, na verdade por tudo isso, absolutamente fantástico, apaixonante.

Já ouvi milhões de vezes pessoas falarem que pela net não se conhece realmente alguém, o que vemos é apenas a imagem projetada do outro, uma imagem projetada pelo outro, por nós mesmos e sempre fico me perguntando. Mas não é isso que sempre acontece, seja qual for o meio de expressão? Quem conhece inteiramente alguém? Aliás, quem conhece a si mesmo?

Eu acredito que sempre estamos diante de imagens refletidas e o tanto ou o quão nítido vemos depende da luz, do ponto em que estamos localizados, das nossas próprias concepções. Será que alguém é capaz de enxergar aquilo que nem supunha existir? Isso tudo são devaneios, eles podem até pensar que a amizade que não é tocada também não passa disso, mas eu, cá por mim, penso que eu também não posso tocar a lua e ela é real. Penso que relações são relações, são a expressão do envolvimento entre duas pessoas, seja de que natureza for, seja de que forma ela se desenvolva. Se a nossa amizade nasceu e está crescendo através dos sentimentos e ideias que atordoam essa nossa alma indolente, ótimo, fico feliz, acho mesmo que são nossos sentimentos e ideias, essa relação de amor e ódio que temos com aquilo que se contorce dentro da gente, essa é a parte mais "genuína" de pessoas como eu e vc, a mais interessante também. Por tudo isso, não se desculpe mais por qualquer coisa que vc escrever pra mim, confesso que voltei pra ler seu comentário pra tentar achar alguma coisa pela qual vc pudesse se desculpar. Não encontrei e me peguei rindo quando pensei na quantidade de vezes que eu também me desculpei por minhas palavras, muito mais por perceber o estrago causado do que por entender os motivos de tanta confusão. Mas ao menos entre nós, deixe suas palavras livres, desamarre e deixe-as tomar o caminho que quiserem. Não faça isso por vc, faça por mim, gosto justamente de perceber as palavras dançando ao vento, gosto da palavra escrita sem pensar, não estou aqui pra fazer juízo de valor, nem interpretações tendenciosas, estou aqui pra descobrir pessoas ou a parte delas que elas me permitam ver.

Dani Pedroza disse... @ 29 de agosto de 2009 às 19:51

É isso, querida, é a chama, a vida, aquilo que arde, mas que exatamente dentro dessa intensidade doida encontra uma calma, uma paz por ser quem se é, nem mais, nem menos.

Nas suas palavras sinto uma cumplicidade de quem sofre do mesmo mal, mal de sentir demais, de falar demais, de merglhar fundo demais, a ponto de às vezes não saber direito como voltar e se afogar dentro de si mesmo, morrer e renascer, voltar à tona, respirar, mas logo voltar a mergulhar porque ninguém pode deixar de ser quem realmente é.

Enfim, é simples mesmo, o menos normalmente é mais, só que o simples também é um conceito relativo, depende do ponto de vista. Essa nossa busca pela simplicidade nada tem a ver com esvaziamento, como pode parecer à primeira vista, tem mais a ver com uma antipatia pela ostentação, pela necessidade humana de se montar, maquear pra tentar disfarçar as manchas, a ponto de esconder o próprio rosto, usar uma máscara tão impenetrável a ponto de não conseguir respirar. Simples porque tenta ser claro, não por não ser complexo.

Aff... ainda bem que avisei que seria extensa... enfim, estava com saudade daqui, de vc, dessa explosão de coisas que seus posts geram em mim... eu realmente gosto disso. Bjs !!!

Sandra Costa disse... @ 29 de agosto de 2009 às 22:07

acho que, se enxugar bem, você conseguiu escrever esse post com uma meia dúzia de palavras apenas.

sinto a sua calma. permita-me um p.s.




p.s.: apenas hoje li seus e-mails. esses dias não tem sido nada bons, mas imagino que para você as coisas também não andam tão boas. perdoe-me a minha ausência num momento em que sei que você precisa de mim. apenas não desejo contaminar você com esse meu momento que não está legal. mas sei que posso lembrar de você, com aquele sorriso tímido, levando as mãos à boca e o teu olho rindo junto. e isso me alivia, porque sei do seu poder, e é único.

maiflogin. meu remédio! toma uma overdose de si mesma, tá? porque mesmo aqui, bem de longe, eu cruzo os dedos e torço por você!

te adoro! =**
fica bem.

Germano Viana Xavier disse... @ 29 de agosto de 2009 às 22:37

Relendo e recontextualizando, Mai.

Recifrações sentidas.
Mais luz.

Sigamos...
Força aí, vai!

Germano Viana Xavier disse... @ 29 de agosto de 2009 às 22:37

Relendo e recontextualizando, Mai.

Recifrações sentidas.
Mais luz.

Sigamos...
Força aí, vai!

Márcio Vandré disse... @ 29 de agosto de 2009 às 23:57

E o dia silencia.
Fragata parte rumo ao nada.
Como olham para a terra os outros que sabem que não vão voltar.
A casa será o mar.
A vida.
Entregue às tempestades.
Entregue à vontade do tempo.

Mas já não é sempre assim? :)

Mai, um belo texto o seu.
Sempre belo.
Um beijo!

Jacinta Dantas disse... @ 30 de agosto de 2009 às 09:04

Mais um texto fantástico!
lindo como é do seu estilo, com um jogo de palavras que joga os sentimentos do peito na cara de quem encara o viver. É isso e é aquilo, e, por quê - não sei- lembra-me um trecho da música: "mais é preciso ter força, é preciso ter raça..." e, na raça vamos, vencendo/vivendo.
Beijo

Unseen India Tours disse... @ 30 de agosto de 2009 às 09:22

Nice post..I appreciate this one..Thanks for sharing..Unseen Rajasthan

Ricardo Valente disse... @ 31 de agosto de 2009 às 15:02

É serra... mar... não são detalhes, mas vida que passa.
Beijo!

Ilaine disse... @ 2 de setembro de 2009 às 14:06

É como um novelo. O fio está solto. Laça e entrelaça palavras. Um tear!
Beijo, Mai!

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