Inspirar-Poesia, um segundo sopro

meu eixo, meu país, meu estrangeiro...

Por Sueli Maia (Mai) em 8/13/2009
.
Meu eixo é lúcido, plástico, flexível
Cinge, primeiro a mim e meus desejos
Depois a ti
Se me pedires manso
eu me ofereço-gueixa em riso, e gosto disso
.
Meu eixo é seguro, sereno, adaptável
Vigia, primeiro a mim e os meus quereres
e os aplaco, sempre
É invigilante a ti, não és minha posse
Tua liberdade é tua, é incoercível como a minha
.
Meu eixo é ninho, nexo, colo
Abriga, primeiro a mim e minhas dores a lenir
Depois a ti
Se me pedires, calmo, em febre
eu cuidarei de ti, e faço mil vezes se precisares
.
Meu eixo é solo, chão, caminho
Sustenta, primeiro a mim e os meus anseios
Depois a ti.
Se me pedires lento, atento
eu te abasteço, nutro e dou-te
o que beber, e saciar
.
Meu eixo é ingênuo, dança, canta
Ama, primeiro a mim, e o meu viver
Depois a ti E não tem se...
Pois se eu te amar, te amarei porque te quero
Não morrerei se não me amares
Porque meu eixo não está em ti
Está em mim
Eu mesma faço

.

.


Sueli Maia
*Mai
.

15 comentários:

Mari Amorim disse... @ 13 de agosto de 2009 às 22:37

Olá Mai,
Belo poema!
Esse é o verdadeiro Eixo.
beijos amada,
Mari

Mateus Araujo disse... @ 13 de agosto de 2009 às 22:37

Eu amo seu eixo!
sksakakosaksok

XD

Mai, coisa linda de mulher, de pessoa, de artista!
AMOOO♥

mo.rafaella@gmail.com disse... @ 13 de agosto de 2009 às 23:17

Mai!
Obrigada pelo lindo comentário e obrigada por no dar um belo momento de leitura! Adorei os seus poemas, todos! E adorei esse ae também :)
Abraço!

Márcio Ahimsa disse... @ 13 de agosto de 2009 às 23:18

o eixo de nós é o verdadeiro controle... Controle sobre a o que somos, o que queremos ser. O eixo é algo por onde gira o que está em nós, o que pertence a nós. A liberdade é somente nossa, é eixo, gira em nós. O amor que sentimos não pertence a ninguém, é nosso, pertence a nós. A verdada a que nos entregamos é nossa, é fio indissociável de liberdade de nós, é nossa, pertence a nós. E esse gorverno de nós, é álibi perfeito de voar, é estrangeiro ao alheio, mas a nós, é compatriota leal, pois é nosso, pertence a nós.

Beijos, Mai, querida e agora invencível Sueli Maia.

Abraão Vitoriano disse... @ 13 de agosto de 2009 às 23:36

"Se me pedires manso
eu me ofereço-gueixa em riso, e gosto disso"

Mai minha,
te ler assim é tão bom que chega a disparar coração... seu eixo se encontra ao meu, e somos felizes... quanto romantismo! quanta beleza! poesia pra ser dita com bocas úmidas de amor...

beijos infinitos,
carinho grande,

deste menino-querendo-ser-homem-mais-simples...

olharesdoavesso disse... @ 14 de agosto de 2009 às 03:55

Esta é rotação adequada hhh translações costumas ser excivas e dejavù demais hehe vrsosd magnéticos querida bela bjs Mai

ps: anda exaltando tua liberdade, amor, individualidade e desposses... ;D

lula eurico disse... @ 14 de agosto de 2009 às 09:10

Estás perfeita, assim em versos. Não os deves guardar.
E essa definição de amor é mais-que-perfeita.

Abraço fra/terno e orgulhoso de ter como amiga d'infância essa baita Mulher, essa imensa Pessoa Humana.
(Esse anonimo, sem querer, nos fez um bem danado, Sueli.)

Passageira disse... @ 14 de agosto de 2009 às 09:55

Mai! Que beleza de versos! É neste amor que acredito. Neste amar assim - amando mais a si!
Li os que vêm abaixo. Sua poética é interessantissima. Imagens belas, conteúdo instigante!
Talvez vc não se lembre de mim, mas já estive por aqui! :)
Beijocas

luciene disse... @ 14 de agosto de 2009 às 10:05

Isso é lindo e o ideal.
Você já tinha dito isso... talvez de outra maneira.
Eu me lembro porque me impressionou, tanto!
Quando eu crescer serei assim, também.
Beijo, amiga

Anônimo disse... @ 14 de agosto de 2009 às 10:46

Adorei a parte de "Não morrerei se não me amares
Porque meu eixo não está em ti
Está em mim
Eu mesma faço".
E isso que faz nossos passos mais seguros, nossa voz precisa, nosso abraço um porto-seguro. Colo de mãe. :)

beijinhos

BAR DO BARDO disse... @ 14 de agosto de 2009 às 11:11

Mai,

e depois é você que vem me pedir conselhos?...
Você acabou de me dar uma lição e tanto de alteridade...
Estou pasmo!

Parabéns, Mai!

Macaires disse... @ 14 de agosto de 2009 às 12:45

Pode até parecer um tanto egoísta, mas não posso oferecer amor ao próximo sem antes amar a mim mesma, todos o sentimentos relacinados a isso têm de vir de dentro, genuínos, e só os são quando direcionados primeiramente a mim!

Belo texto e mais bela verdade!

Beijos, Mai!

Caio Fern disse... @ 14 de agosto de 2009 às 13:23

quase irresistivel , quase da pra pedir agora , manso e lento .
mas como eu sou muito ingenuo tambem , melhor nao pedir nada por enquanto hahahh!!!
.
voce conseguiu de novo Mai . mais um belissimo trabalho para se guardar no peito .
obrigado querida . tem sido muito especial desde que conheci seu blog .
beijos ,abraços e toda a felicidade do mundo pra voce .
Caio .

Dora disse... @ 14 de agosto de 2009 às 14:21

Mai. Sueli Maia. Você é você! E seu "eixo" é seu avesso do avesso, e o direito que nós vemos, deslumbrados!
E o amor ao outro é sua opção, como deveria ser de cada pessoa que se "descobre" tão vividamente rica, como você se descobriu!
Mai, Sueli...você é especial. Fez um tratado de amor salutar, quase uma lição de aprendizado para quem procura o amor-substituto-do-eu ou o amor-bengala( entendeu, né?).
Beijo você, menina!
Dora

Tomaz disse... @ 14 de agosto de 2009 às 19:11

Girei em torno desse eixo, e fiquei até tonto... Bêbado com tanta beleza poética ;)

Virei outras vezes, com certeza!
Um prazer conhecer

Beijão!

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