Inspirar-Poesia, um segundo sopro

equilibrista...

Por Sueli Maia (Mai) em 2/26/2009

....................Deslizava e escorregava no fio do azeite. Seus pés sobre o arame ameaçavam cair.


Artifício impermeável de papel, descrevia seu medo, equilibrando em linhas, sapatos no chão. Transigia no tudo o tanto diverso, escrevendo nos versos seus dias e os olhos de chuva. Transitiva a incansável palavra, passageira transitava no efêmero fio de uma aranha. Seguia convicta. Sombrinha na mão e os olhos vidrados na luz lá do fundo do túnel. Focada e silente equilibrava na vara, seus pés e as vidas, senhora da meta a alcançar. Mesclava paixão e vontade. Esperança equilibra sua vida porque todo artista, com medo ou sem ele, continua seu show.

Imagens Google
Música: Lenine - Miedo

24 comentários:

Elcio Tuiribepi disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 21:18

Oi Mai...muito bonito, mas hoje não estou bom para coments, estou tentando passar nos blogs e deixar uma mensagem, mas to meio ontem, meio sei lá...mas teimoso, teimo e digo...o arame é farpado, esbuzantado de azeite...e esta frase hoje me define...
"E nem sabia qual seria o seu lugar e o seu papel naquele mundo...é isso Mai...hoje tá assim...desculpa...valeuuuu

TERE disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 21:54

Papel também de Tere..né Mai?

Cada vez mais.

Felicidades.

Doce carinho.

Luciene de Morais disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 22:16

Mai
Parecia que estavas falando comigo. Me vi.
Na primeira figura e no texto todo.
(risos!!!!)
Beijo
Carinho
Amiga de infância!

Paula Barros disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 22:30

Se equilibrar em arame farpado, é comer fogo, virar alvo de faca com o atirador embriago...

Estou gostando do colorido das imagens e a analogia com o circo.

abraços

M. Nilza disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 22:35

Com equilibrio e sem ele continua o show. Verdade!

beijos

Café da Madrugada® Lipp & Van. disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 23:44

É fascinante, não é? Mas eu não tenho esse equilibrio todo. Rs. Minha vida é meio vai e vêm e eu não aguentaria andar na corda.

Abraão Vitoriano disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 23:59

...és doce e plena...
tem mais uma coisinha pra você no meu blog...
um beijo!

Solange Maia disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 00:12

Que lindo...
Quantas palavras para se colecionar aqui no seu blog... uma mistura alegre, poética, incrível !!!!
Vim te visitar através do "Menino-Homem", e que sorte...
Agora volto sempre, viu ?

Beijo carinhoso,
Solange

http://eucaliptosnajanela.blogspot.com

Solange Maia disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 00:13

Ah... e virei sua seguidora !!!!

beijocas,

Solange

Quintal de Om disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 08:56

Quanta leveza em suas palavras.
Me sinto a bailar, fazer cambalhotas e voar noi céu com trapezistas!

Beijos ternos, querida Mai!

Lipe M.T disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 10:57

Tanto tenho a lhe falar...
Mas...diante de tal noticia me fugiram as palavras...

Quando estiver ausente...com certeza sentirei sua falta, fato pato...

Leva contigo um tufo do meu cabelo e deixa cá um do teu...um tufo pequeno pra que não faça buraco em nossas cabeças e que vazem por eles qualquer tipo de pensamento...

Antes vazar pela boca e dedos do que por buracos indesejados...

Vai Mai...
Mas promete pra mim que volta...
Por que é você que eu quero ler...

Segue meu e-mail pra que, quando quiser, dar algum sinal...deixar uma mensagem...alguma imagem...algum nada...

Até mais...

Cuida-te, se não por ti, pelo menos por mim...

Beijos...

Eu mesmo.

MARTHA THORMAN VON MADERS disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 11:15

Lindo!
A suavidade aqui toma seu lugar e encanta os corações.
Desejo a você um ótimo final de semana.
beijos
Se tiver tempo vá por lá.

Dulce Miller disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 11:20

Vim do Fio de Ariadne conhecer teu espaço, que é encantador!
Parabéns

Beijos

Fabiano Rabelo disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 11:40

que bonito o jeito que você fala do artista. o jeito como você fala de gente...

"viver é arte de se equilibrar entre a tênue linha do passado e a linha invisível do futuro".

Fernando Reis

cavuquei essa frase nas minhas coisas sempre perdidas... acho que você deve até conhecer. tem muito a ver com seu texto!

fiquei lisonjeado com o link aqui, afinal seu blog é um grande lugar!
beijos e beijos querida... a gente se fala, como já temos feito!

Thiago disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 12:49

e nesta vida temos que ser um pouco de tudo, principalmente equilibrista!

um abraço.

Letícia disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 14:08

Mai,

Eu sempre sonhei em fugir com o circo. Vida sem paradeiro, sair por aí... mas ainda não é o tempo. =)

Esses textos em terceria pessoa são perfeitos porque sempre penso que sou eu que estou vivendo a história. É mania de perseguição.

Beijos, Mai.

Se cuida.

E obrigada por me indicar o blog. Vou dar uma olhada.

Marcos Pontes disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 14:53

Agora entendi o que a Vanessa quis dizer. Sua prosa poe´tica é inquietante, sai da linearidade e da obviedade da poesia mais corriquiera. Como se não bastasse, ainda há a poesia concreta, sempre uma faca de dois gumes, mas que no seu caso um dos gumes é cego. Seu concretismo é faca perfeita.

Filipe Garcia disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 15:47

Oi Mai,

meu maior medo é ser escravo do medo e perder o equilíbrio. Se bem que o medo traz o equilíbrio. Serve como freio, às vezes. Mas eu tenho pra mim isso que você disse muito bem: com ele ou sem ele, o artista continua seu show. Que seja assim, sempre.

beijo!

P.S.: comentei no blog da Vanessa, bajulando você, que é riqueza.

Márcio Ahimsa disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 17:02

Quanta beleza, Mai, nessas suas palavras de circo, cambalhota e equilibrista, palhaço com cara de feliz, e é, só para arrancar sorrisos de rosto de meninos e meninas.

Adoro isso.

Beijão, querida.

Mateus Araujo disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 20:01

Ah eu acho que o medo paralisa as pessoas...não as mata...
bom...nesse caso aê dessa foto pode até ser diferente né
saosksaksoaksoosaksaaos
mas o medo não é um motivo lúcido que faça as pessoas pararem suas vidas e existências...e sim é um motivo de perseverança para que ao deparar-se com ele você possa chegar ao fim do arame intacto e vitorioso !
E o SEu show jamais para!
seus textos são perfeitos!
estou te acompanhando
bJim

Luna disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 20:59

É o show da vida
o equilíbrio no caminho
é o túnel do medo
com a esperança de viver

Beijinhos

Saara Senna disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 21:46

Olá Mai!

É bem verdade que precisamos de coragem e equilíbrio pra darmos um show no espetáculo da vida!

Adorei!!

Nuno de Sousa disse... @ 1 de março de 2009 às 20:28

Cor e arte neste teu post, cada vez mais beleza por aqui amiga... estás de parabéns pela tua arte.
Bjs enorme,
Nuno

adouro-te disse... @ 4 de março de 2009 às 09:47

Esta série do circo são sessões contínuas de tiro ao alvo.
Bjs.

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