fora de mim...
Por Sueli Maia (Mai) em 2/16/2009Meu desgoverno e eu perplexa queria ficar, a outra querendo ir. Uma desordem em si era eu fora de mim. Tentando esquecer bebi em vinho tua memória irrespirada. Inalei o adentro do humano e achei a louca e a santa habitando lá dentro. Da janela e entre a fresta olhei as duas que nuas estavam eu, a sós. À distância espreitava o ser ambíguo. Inteiro e na falta, o teu cheiro, nem sequer sentira. Distinguia sabores, encantos, paixões e guardava o gozo e o gosto, na lingua. Dormir fêmea porque a fome e a sede não basta num dia. Mas é breve e dispersa mansinha até um novo sol chegar. Fora de mim dava prá ver que era eu, era sim.
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8 comentários:
Gostei muito!
Só me veho, também, quando assumo essa postura, de expectadora!
Beijo, querida amiga
Mai!
Continuação de boa inspiração.
Doce carinho.
Tere
Pra se entender ou compreender o que se passa ou se vê de fora, ou se busca lá dentro. O mais difícil, mas eficaz... é aprofundar-se em si mesmo.
Van.
Interessante.
É o que apraz dizer nesta 1ª visita.
Bem haja
estou imaginando as duas se abraçando, na hora da saudade ... a cena ia ficar engraçada ...
Acredito que todos temos o louco e o santo, porém alguns lidam melhor com ambos, outros encobrem mais um, e liberam o outro.
Gosto quando a minha porção louca se solta de mim. Porque por vezes a santa insisti em sufocar a louca.
Dá para pensar bastante.
abraços
A louca e a santa. Sempre a contrapartida, as diferenças e as semelhanças se tocando. Sem saber que, à espreita, sentimos prazer. Talvez tendo havido um ponto final antes.
Outro beijo.
Tu e a outra de ti!
Bjs.
PS: Que ritmo no poema!
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