Inspirar-Poesia, um segundo sopro

hoje tem espetáculo...

Por Sueli Maia (Mai) em 2/26/2009
.........................Pipoca descumprindo seu destino. Ela pulava descobrindo aquele circo. Vestida de nuvem comendo algodão, seu olhar era doce e ávido, explorando tudo ao redor. Às cegas e bem torta, era puxada e arrastada por mãos fortes, bem maiores que as dela, porque todo tempo olhava para trás e não podia parar para ver melhor. E o que fazer? Tanta coisa e gente prá ver... Ao lado e ao teto um mundo de cores, de cheiros e sons. Na magia dos corpos, a vida de artista. Onde sentar e o que pensar? E nem sabia qual seria o seu lugar e o seu papel naquele mundo... Mas era casa assim, que ela queria. Uma casa no mundo e o mundo inteiro a desbravar. Trapézios, parados no ar. O globo da morte. Esfera de aço pairando suspensa no alto. O mundo nas nuvens... Agora os bichos. Não era na África aquele circo. O elefante estava cansdo e o domador zangava com o tigre. Era malvado o domador. E recostou-se na cadeira e na falta de graça, daquele número chato. Pernas pequenas, um vestido de organza, cabelos com laço e fita e o sorriso revelando a palhaçada que chegava...

Sapatos gigantes, nariz engraçado, cabelo amarelo, uma boca que ria sozinha e a sua, também. Sem pressa comia algodão bem doce. Depois a pipoca e agora quer drops. Malabarista, contorcionista, equilibrista, trapezista e tem que ter mágico, também. Cheiro de terra e lama, lá vem o elefante. Mas ela só via e ouvia do palhaço, o riso. Seu gesto era só o olhar... Não mais a criança, agora era o circo, a vida e a artista.

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Imagens Google
Música: Kumbalawé - Cirque Du Soleil

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13 comentários:

M. Nilza disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 08:28

São os melhores artistas. Esses que fazem rir a criança literal e aquela que habita em nós. Gosto muito de cirso. Belo post.

Bom dia!
bjs

adouro-te disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 09:02

Circo é circo.
Mas circo é Vida... também!
Há palhaços, equilibristas... mas, sobretudo, há a tua Magia!
Bjs.

lula eurico disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 09:25

Inspiradíssima. Poesia pura. E o que seria da vida, do estar aqui e agora, não fossem essas coisas que não se explicam, a não ser pela apreensão poética, pela emoção, pelo lirismo... O circo. Poesia pura!

Paula Barros disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 09:37

O circo simboliza muitos momentos da vida.
Nele estamos todos os dias.

beijos, um lindo dia para você.

FERNANDA-ASTROFLAX disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 09:42

QUERIDA MAI, BELA A TUA POSTAGEM AMIGA... UM GRANDE ABRAÇO DE CARINHO E TERNURA,
FERNNDINHA

Lipe M.T disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 11:32

Anjo...

Cá estou de volta...

Operantemente pensativo...

Internet já finalizou a manutenção...

Por um lado foi ruim...

Por que não vou mais sair cedinho do trabalho...

Mas por outro lado foi otimo...

Enfim...voltei...

E assim...

Meu carnaval ?!

Se eu fosse um daqueles garotos com pensamento de "Opá..carnaval tá ai...pegar varias tilanguinhas !"...

Estaria agora me lamentando por não ter ido a nenhuma festa interessante...

Mas...

Como sou eu que sou assim como eu...


Me alegro por ter me livrado de muitas enrascadas e passado quase a semana tooooodinha com Pingu...

Enfim...

Que historia é essa que você caiu de moto ?!

Tenho medo de moto...apesar de um certo 'vicio controlado' por adrenalina...

Espero que você esteja bem...Tomara que tenha só se ralado...não te desejando mau(l) nenhum...Mas vai ser legal pra contar pros seus netos...
rs


Tenho umas cicatrizes bem interessantes...não que sejam estranhas, ou horrorosas...

Mas que dizem muito...

Tenho uma no pulso direito...

Quase morri partido ao meio por um cabo de aço...

Coraçõe(s) Rins, Figados e um cachorro quente que tinha comido logo antes quase sairam pela boca depois do susto...


Enfim...

Agora...

Cuida de ti que faço o possivel pra cuidar de mim...

Quando eu morrer (isso SE eu morrer)cuido pra que te avisem caso queira...

E ora comigo pra que a internet não torne a dar problema...

Preciso de um computador...
Mas a grana tá curta...

Enfim...

Abraços...

Apertados...

Saudades.

xD~

Anônimo disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 13:03

Uma das minhas grandes tristezas é nunca ter ido ao circo ;~
Beijos querida!

Eu disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 15:08

Que maravilha!
A magia do circo e a riqueza da postagem me contagiaram.

Uma postagem envolvente com a música contagiante.

Beijos

Oliver Pickwick disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 17:46

O velho e bom circo, ou uma casa no mundo, segundo o ponto de vista da menina. Muito bonito. Do mais humilde ao mais genético, acredito que a paixão e o visgo destes artistas pelo circo tornou-se ao longo do tempo algo genético, como tão bem descreveu.
Um beijo!

Anônimo disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 19:29

Eu adoro circo! Mas, principalmente, imaginar a vida que corre em torno dele - o palhaço sem pintura, o domador sem chicote, o malabarista lavando louça, o dono do circo dizendo "sim, senhora" para a bailarina, de jeans, que sai para as compras. :)))

beijinhos!

TERE disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 21:56

CIRCO - JOSÉ RÉGIO
No circo cheio de luz
há tanto que ver!...

Senhores!
- grita o palhaço da entrada
todo listado de cores
- Entrai, que não custa nada!
À saída é que se paga.

Ri, palhaço!

O palhaço entrou em cena,
ri, cabriola, rebola,
pega fogo à multidão.

Ri, palhaço!

Corpo de borracha e aço
rebola como uma bola,
tem dentro não sei que mola
que pincha, emperra, uiva, guincha, zune, faz rir!

Ri, palhaço!
.
José Régio

Um abraço

Café da Madrugada® Lipp & Van. disse... @ 26 de fevereiro de 2009 às 23:12

Eu já gostei tanto dessa magia do circo... e realmente, coisas incriveis acontecem.. e coisas muito adoraveis! Mas, ultimamente, nao vejo graça em palhaços... nem nesse colorido exagerado ;/
sei lá porque.

Mas adorei toda sua inspiração!

Márcio Ahimsa disse... @ 27 de fevereiro de 2009 às 17:08

Sabe Mai, eu entrei num circo uma única vez, em minha meninice e até hoje. Quando entrei, era mesmo assim, fiquei mais encantado com o número dos dois palhaços que interagiam entre si e com a criançada, que soltava suas gargalhadas quando a flor espirrava água na cara do outro palhaço. Ainda quero voltar ao circo, ah se quero.

Beijos, querida.

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